Ninguém esperava que Andy Rubin, o lendário criador do Android, trouxesse ao mundo um novo smartphone, mas isso aconteceu nesta terça-feira (30). O Essential Phone chegou com hardware potente e um design refinado, construído em titânio e cerâmica e com uma tela sensacional de 5,7 polegadas.
A surpresa pelo lançamento pode ter vindo acompanhada de algumas dúvidas: o mundo precisa de um novo flagship? Lógico que sempre há espaço para novos aparelhos, independentemente da faixa de mercado visada por ele, mas nem sempre hardware de ponta e design arrojado são o suficiente para bater de frente com iPhone, Galaxy S e outros grandões.
Então, qual é o diferencial do Essential? Segundo o seu idealizador, o aparelho veio para servir de contraponto em “um mundo onde as pessoas são forçadas a brigar com toda a tecnologia que supostamente deveria simplificar as suas vidas”. Um mundo em que a tecnologia oferece “cada vez menos escolhas” e “cada vez mais recursos desnecessários”, ainda nas palavras de Rubin.
Seis princípios
E foi com base nessas conclusões que ele decidiu sair das sombras mais uma vez para reunir uma equipe de engenheiros e designers a fim de criar um aparelho discreto, bonito e potente. E Rubin elenca os seis motivos que serviram de base para a concepção desse novo smartphone:
- "Os dispositivos são suas propriedades pessoais, nós não vamos forçá-lo a ter nele qualquer coisa que você não queira";
- "Nós vamos sempre trabalhar junto com os outros, ecossistemas fechados nos dividem e estão ultrapassados";
- "Os materiais premium e um verdadeiro trabalho artesanal não deveriam estar disponíveis apenas para poucos";
- "Os dispositivos não deveriam se tornar ultrapassados a cada ano, eles deveriam evoluir com você";
- "A tecnologia deveria auxiliar você para que você pudesse curtir a vida;"
- "O simples é sempre melhor."
Ainda de acordo com o criador do Essential, foram esses princípios que o ajudaram a “atrair algumas das melhores e mais brilhantes pessoas de todo o mundo” em torno do projeto que tirou as ideias do papel. Os “mandamentos” de Rubin parecem tão interessantes que poderiam ser adotados como padrão por toda a indústria; só é uma lástima que o seu gadget não tenha um preço exatamente convidativo — ele será vendido a partir de US$ 699.
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