É praticamente impossível resistir: basta que alguém assista a um dia de competições das Olimpíadas de Inverno para que fique apaixonado por essas modalidades esportivas que exigem um friozinho considerável para acontecerem. Embora o curling tenha sido o queridinho do público e, em especial, da internet nos últimos anos, parece que o esporte da chaleira ganhou um oponente à altura. Criativo, Erik Sunnerheim provou que só é preciso algumas ferramentas e uma pitada de falta de amor à vida para transformar a patinação no gelo em algo radical.
Para explicar a genialidade da criação do sueco, é preciso compará-la a outras práticas consideradas perigosas – pelas mães. Vamos dizer que “brincadeiras de mão” ou “lutinhas” são o suficiente para que doces mulheres se transformem e ameacem os filhos com o tamanco para que eles parem com a briga. Correr pela casa com uma tesoura ou faca nas mãos costuma render um grito de desespero capaz de trincar taças de cristal. O que dizer, então, de um rapaz patinando com uma motosserra nas mãos? Dá para preparar o funeral da querida mamãe.
Muita gente que começa a patinar não consegue tomar um bom impulso durante as passadas e fica imaginando se não seria possível ter um motorzinho nos patins, para sair passeando e rodopiando no gelo livremente. Jogando a segurança para o escanteio, a ideia de Sunnerheim parece ter sido mais ou menos essa, mas utilizando uma ferramenta nada recomendada para ganhar propulsão, cortando o gelo à sua frente e, assim, se projetando para a frente – aparentemente a uma boa velocidade.
Se você conseguir esquecer por alguns momentos tudo que pode dar de errado em uma brincadeira dessas, é inegável que a empreitada parece ser bastante divertida, praticamente incorporando o espírito “sem noção” de muitos jovens. Claro que, como adultos responsáveis, nosso dever é sugerir que nossos caros leitores não tentem essa brincadeira em casa – partindo do pressuposto que você conseguiria esse tantão de gelo – para evitar que frases como “Olha, mãe, sem as mãos!” se tornem fatalmente mais literais.
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