O que você faria se conseguíssemos provar que tudo o que foi vivido até agora não passa de uma ilusão? A viagem à lua, por exemplo: sabia que todas as fotografias e imagens vistas até hoje são meras montagens que foram registradas, em sua maioria, em um local inóspito do estado do Acre? E você pode estar se perguntando: por que o Acre? Simplesmente porque ele não existe, e até a Google já tentou provar o contrário.
Na verdade, estamos aqui para ajudar você, caro leitor, a perceber que toda a nossa existência é uma mentira. Um sonho dentro de um sonho, dentro de um sonho, dentro de um sonho, dentro de um sonho... Queremos ajudá-lo a achar o totem perfeito, a escolher a pílula correta (a vermelha!) e a encontrar os bastidores por trás do belo céu azul no horizonte.
Parece coisa de filme, não é mesmo? Embora tudo isso soe como uma loucura, apresentamos, agora, as evidências que compravam que a sua vida não passa de uma simulação e que você está, neste exato momento, dentro de uma cápsula sendo alimentado por sondas robóticas enquanto pensa estar vivendo esta realidade. Acalme-se! Não grite e não corra. Apenas leia.
Os Oráculos
Apesar de todos estarmos totalmente imersos nessa ilusão, há alguns que acabam conseguindo burlar o “código da vida”. Um representante nessa luta contra as correntes que nos prendem a essa realidade foi o Polvo Paul, da Copa de 2010. O corajoso molusco desafiou o sistema adivinhando os vencedores das partidas do Mundial que envolviam a seleção alemã. Infelizmente, Paul não resistiu muito tempo e logo foi “silenciado” por agentes engravatados com seus óculos escuros.
Outro expoente na luta contra a opressão e que tentava nos alertar de que toda a nossa existência não passava de um script bem montado foi a Mãe Dináh. Falecida em maio deste ano por “causas desconhecidas”, a vidente também foi capaz de prever resultados futebolísticos e acidentes que encerraram a vida de pessoas famosas. Por causa desses tristes acontecimentos, ainda hoje ciganos, tarólogos, videntes e moluscos da ordem Octopoda vivem escondidos nas colinas e ruelas das cidades.
Déjà vu
Embora os mártires da luta contra o sistema tenham partido, ainda restam pessoas com “poderes” que ocasionalmente desafiam toda a lógica existente em nosso mundo. Quem nunca teve aquela sensação de “tenho certeza que já vivenciei essa situação antes”? Ou mesmo aquele sentimento de “acho que já vi isso acontecer exatamente da mesma forma que está acontecendo”?
Mais do que simples “bugs” da simulação imposta sobre todos nós, esses vislumbres são a resposta para escaparmos dos entraves colocados sobre as nossas vidas. Mas como acessá-los diretamente? Não é uma tarefa fácil, uma vez que eles estão em uma camada profunda dos nossos sonhos e o método para chegar até lá tem uma Origem (ou concepção, se a indireta não foi o suficiente) perigosa.
Jogo da vida
Além de vivermos em uma realidade moldada e com remotas chances de escapar, ainda estamos sujeitos a controles mentais difíceis de resistir. É como se houvesse uma pessoa nos controlando e ditando tudo o que devemos fazer, colocando todas essas tarefas em uma “fila” no canto superior esquerdo da tela.
E o pior: se estivermos com vontade de ir ao banheiro (e de fato tentarmos ir), podemos acabar tendo que tirar o lixo para fora, ir trabalhar ou bater papo com vizinhos folgados que entram em nossa casa sem serem convidados (e ainda abrem a geladeira). Ao menos podemos desfrutar de aventuras e possibilidades diferentes, dependendo do pacote de expansão a que a nossa vida tem direito.
Mas não adianta resistir: você terá a sua aparência totalmente customizada, verá móveis de sua casa sumirem e aparecerem como um passe de mágica e pode acabar sendo colocado em uma piscina em que a escada para saída simplesmente desaparece. Muito cuidado nestes casos, porque a morte é quase certa.
O Show de Tr... alguém
Olhe à sua volta: é grande a chance de ver uma câmera apontada para você neste exato momento. Deixe-me contar um segredo: estamos sendo vigiados! Como se não bastasse sermos manipulados por uma mente doentia, há vigilância por toda a parte, desde o interior do rádio do carro até as lixeiras nas ruas. Preste bastante atenção nas pessoas e note que elas podem estar fazendo parte desse show cujo “protagonista” (ou vítima) é você!
Todos os dias de manhã você vê as mesmas pessoas no ônibus, no trânsito, no trabalho e no restaurante. Elas fazem exatamente as mesmas tarefas repetidamente e para quê? Apenas para fazer você pensar que está vivendo uma vida complexa e cheia de acasos, quando na verdade tudo o que acontece está programado e dentro de um script.
E tente fazer algo diferente para ver o que acontece. Nos bastidores dessa simulação está um grupo especializado e pronto para te colocar de volta no show. Mas, se você tiver garra o suficiente, pode romper as barreiras e encontrar o fim do cenário no horizonte distante. Tem coragem? Ou prefere continuar a viver a sua vida “organizadinha” do jeito que ela está?
TecMundo, ajude-me!
Encarar essa realidade não é nada fácil. Ainda mais se você não for o escolhido – aí as coisas ficam complicadas mesmo. Mas aí vão algumas dicas:
- Siga o coelho branco;
- Se você for um polvo, não acerte o vencedor das partidas de futebol em que a Alemanha jogar na Copa do Mundo – aliás, se você for um polvo, aja como um polvo;
- Desconfie se houver um losango fluorescente sobre a sua cabeça – você, provavelmente, está sendo controlado;
- Não abuse da prática de entrar no sonho dentro de um sonho, dentro de um sonho, dentro de um sonho. Essa brincadeira pode te levar para dentro do limbo – literalmente;
- Se você passou por determinada situação e teve a certeza de que já vivenciou aquilo uma vez, aja normalmente – ou melhor, fuja para as colinas juntamente com os videntes;
- Desconfie de todos, principalmente se houver câmeras posicionadas em lugares estratégicos para capturar os seus movimentos;
- Acompanhe o TecMundo, pois é aqui que reside a resistência de toda essa horrorosa trama.
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Atenção: este artigo faz parte do quadro "Erro 404", publicado semanalmente no Baixaki e Tecmundo com o objetivo de trazer um texto divertido aos leitores do site. Algumas das informações publicadas aqui são fictícias, ou seja, não correspondem à realidade.
Ilustrações por: André Tachibana
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