“O concreto tem sido a fundação (literal) da expansão das áreas urbanas das últimas décadas, e é também um grande fator na redução da pobreza pela metade desde 1990”, comenta Bill Gates. Inspirado pela obra do historiador Vaclav Smil, o fundador da Microsoft trouxe à tona um dado no mínimo curioso sobre as fundações das cidades da China e EUA.
Conforme explica o figurão, a China empedrou mais concreto em três anos do que os EUA usaram em todo um século. A afirmação está ancorada em dados fornecidos pela USGS. Entre 2011 e 2013, o país oriental usou 6,6 gigatoneladas do material; de 1901 a 2000, 4,5 gigatoneladas de concreto foram despejados sobre solo norte-americano (para referência, uma gigatonelada corresponde a 1 bilhão de toneladas).
Segundo Gates, a forma com que usamos materiais de fundação são a chave para a melhoria da qualidade de vida das pessoas em situação de pobreza. Outro dos elementos centrais para a manutenção da sociedade para os próximos 50 anos é o papel. A diminuição no consumo de folhas tem sido notada nos EUA, é verdade. Mas, ainda conforme observa Smil, a produção deste material ainda é crescente – em 2011, inclusive, a China foi a responsável por 25% do fornecimento global de papel.
A evolução de Xangai, uma das cidades mais populosas da China e do mundo.
Alumínio
Outra informação curiosa acerca da produção e consumo de materiais foi publicada pelo dono da Microsoft. Em 1980, uma latinha de alumínio pesava 19 gramas; em 2010, o peso unitário das latas ficou em 12 gramas. Se as canecas de metal continuassem “pesadas”, 680 mil toneladas de alumínio teriam sido desperdiçadas, conforme indica o gráfico abaixo.
E vale observar: as 680 mil toneladas economizados correspondem ao peso de 3.400 Boeings 747. Fato é, ainda assim, o consumo do material aumentou: em 2010, 1,1 bilhão de quilos foi usado para a fabricação de 97 bilhões de latinhas; em 1980, os números ficaram em 817 milhões de quilos para 42 bilhões de latas, respectivamente.
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