A eletrônica dita que, de forma geral, componentes eletrônicos necessitam de tensão e corrente para realizar suas respectivas funções (seja de resistência, capacitância, amplificação ou outras tantas).
Todavia, as atuais fontes de alimentação são um tanto rudimentares e fazem apenas o básico: fornecem tensão e corrente específicas para cada componente. Agora, você já pensou como seria ótimo uma fonte capaz de entregar um mínimo de energia e gerar economia de bateria?
Este é o grande avanço que o pessoal do MIT alcançou em suas últimas pesquisas. Segundo informações divulgadas, os pesquisadores do Microsystems Technologies Laboratories criaram uma fonte de energia para pequenos dispositivos. Com essa novidade, o hardware pode consumir a energia em “pequenas doses”.
Como funciona essa nova fonte?
Até o presente momento, os pesquisadores do MIT não mostraram uma aplicação, mas já há detalhes sobre o modo de operação da nova fonte de energia. Basicamente, o conversor pode usar uma entrada de até 3,3 volts e reduzi-la para 0,9 volt. Veja uma explicação um pouco mais detalhada do criador dessa engenhosidade:
“Tipicamente, conversores têm um estado de energia quiescente, em que a energia é consumida mesmo quando eles não estão provendo qualquer corrente para a carga”, comentou Arun Paidimarri, antigo pesquisador do MTL. “Então, por exemplo, se o estado quiescente é de um microamp, mesmo que a carga esteja consumido apenas um nanoamp, o conversor vai continuar usando um microamp. Meu conversor é algo que pode manter a eficiência em uma grande gama de correntes”.
Paidimarri vai além e explica que é como se essa fonte de energia trabalhasse com pacotes de energia, os quais são enviados para interruptores que são ativados conforme a necessidade. Entram também nesse esquema um indutor e um capacitor que permitem a mudança no estado de energia dos componentes.
Falando de forma superficial, essa nova fonte de energia deve ser bastante eficiente em celulares e outros aparelhos que usam sensores e outros componentes que precisam ser ativados com frequência. Pensando que vários itens nos atuais eletrônicos são ligados e desligados repetitivamente, ter uma forma de fazer isso com mais eficiência é bem inteligente.
Vale notar ainda que esses pacotes de energia podem ser distribuídos de forma diferente em um circuito mais amplo, em que algumas peças vão usar apenas algumas doses de energia (somente para a atualização de um sensor, por exemplo) e outras vão consumir uma grande quantidade de pacotes (no caso de transmissão contínua).
As previsões pelos estudos indicam que, no geral, o uso dessa fonte de energia pode significar uma economia de até 50% de energia consumida. Na prática, esse resultado pode ser um pouco diferente, mas, em tempos de celulares com cargas que não aguentam um dia, qualquer benefício nesse sentido é mais do que bem-vindo.
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