No Brasil é comum associarmos produtos chineses a uma ideia de equipamentos de baixa qualidade ou até mesmo falsificados – os famosos “xing ling”. No entanto, as empresas do país vêm se esforçando cada vez mais para criar produtos de qualidade e, como resultado, estão ganhando espaço cada vez maior no mercado mundial de eletrônicos.
De acordo com os índices da empresa taiwanesa TrendForce, os fabricantes da China vêm contando com uma taxa de crescimento anual médio de 50% desde que entraram no mercado internacional em 2011. Devido a cortes de subsídios e saturação de aparelhos dentro do próprio país, esse valor deve cair para 17% em 2015, mas os envios das companhias chinesas devem chegar a 40% das vendas mundiais no mesmo ano.
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Alan Chen, um analista da TrendForce, ressalta que é possível que esse índice ultrapasse 50% já em 2016. Empresas como Lenovo, Huawei e Xiaomi já expressaram diversas vezes seus desejos de se tornarem líderes no mercado mundial. Cada uma delas vai vender cerca de 60 milhões de aparelhos até o final do ano, montante que coloca o trio logo abaixo das líderes de vendas, Apple e Samsung.
Planos para o futuro
Já em 2015, as três fabricantes chinesas planejam comercializar 100 milhões de unidades cada. Segundo Chen, essa ambição é plausível por conta de fatores decisivos como a aquisição da Motorola pela Lenovo e o fato da Xiaomi estar replicando no exterior o mesmo sucesso que teve em seu país de origem.
Em um fórum de investidores, executivos da Samsung levantaram dúvidas sobre a capacidade da Xiaomi continuar seu sucesso no exterior, já que seu método de venda online não daria tão certo fora da China. Segundo a pesquisa, a maior parte das companhias chinesas terá que investir em mercados como o da Índia e da América Latina para lucrar com base em seus preços competitivos.
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