Indústrias de eletrônicos investem R$ 100 milhões em MG

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Na contramão da crise financeira que assola grande parte dos mercados do Brasil e do mundo, as empresas que compõem o Vale da Eletrônica, localizado em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas Gerais, apostam em aumento de plantas, lançamentos de produtos e novas fábricas. Para isso, estão investindo cerca de R$ 100 milhões este ano, segundo o sindicato do setor.

Entre as empresas em expansão está a Sense Sensors & Instuments, que desenvolveu os primeiros chips inteiramente brasileiros. Por meio de recursos do Funtec (Fundo Tecnológico) do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e em parceria com o Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações), o novo dispositivo visa um melhor custo- benefício para a automação de máquinas e equipamentos.

Outra companhia que aposta em novidades é a Polsec, que investiu R$ 2 milhões em uma nova fábrica em Santa Rita do Sapucaí e está apostando em lançamentos. Destaque para o Observador POL-707, um equipamento que permite filmar, gravar e transmitir vídeo e o posicionamento geográfico da pessoa em tempo real.

Ele é direcionado para Segurança Pública e Forças Armadas e é apontado como solução para o monitoramento de ações dos militares. De acordo com o diretor da empresa, Eudes Bispo, a expectativa é que o novo produto atinja um faturamento de cerca de R$ 15 milhões já no primeiro ano.

Negócios

Tanto o chip quando o aparelho de monitoramento estarão sendo lançados durante a Fivel (Feira Industrial do Vale da Eletrônica), que começou nesta quarta-feira, 3, e termina na sexta, 5. O evento é promovido pelo Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica.

Segundo o presidente da entidade, Roberto de Souza Pinto, a feira deve gerar R$ 800 milhões em negócios, o que corresponde a cerca de 30% do faturamento anual das empresas da região. O Vale da Eletrônica tem 153 indústrias, emprega 10 mil pessoas, exporta para 41 países e é considerado o berço da tecnologia de ponta no Brasil, chegando a ser comparado com o Vale do Silício, nos Estados Unidos.

Por Rene Moreira.

Via Em Resumo

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