Pegando todo mundo de surpresa, a Microsoft e o LinkedIn anunciaram oficialmente nesta segunda-feira (13) que a Gigante dos Softwares fechou um acordo definitivo para comprar a rede social profissional por um total de nada menos US$ 26,2 bilhões – superando em mais de US$ 4 bilhões o gasto do Facebook com a aquisição do WhatsApp há quase 2 anos. Mesmo com a compra, o serviço de contatos de trabalho vai manter sua marca, cultura a independência.
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De acordo com informações divulgadas pela própria empresa de Redmond, o CEO do LinkedIn, Jeff Weiner, vai manter sua posição atual, mas passará a se reportar para o chefe da Microsoft, Satya Nadella. Tanto o executivo-chefe quanto o presidente do conselho, cofundador e acionista majoritário da rede social, Reid Hoffman, apoiam completamente a transação, que tem sua conclusão marcada para o final de 2016.
As empresas anunciaram o acordo nesta segunda-feira (13)
“O time do LinkedIn desenvolveu um negócio fantástico focado em conectar os profissionais do mundo. Juntos, podemos acelerar o crescimento da rede social, além do Microsoft Office 365 e o Dynamics, ao mesmo tempo em que buscamos dar poder a todas as pessoas e organizações do planeta”, declarou Nadella. “Assim como nós mudamos a forma como o mundo se conecta a oportunidades, esse relacionamento com a Microsoft e a combinação da nuvem deles e da nossa rede agora nos dão a chance de mudar a maneira como o globo funciona”, completou Weiner.
Passos para o futuro
O acordo de aquisição foi aprovado por unanimidade tanto pelo quadro de diretores do LinkedIn quanto da Microsoft. Para que tudo seja concluído sem problemas até o final do ano, basta que a decisão seja aprovada pelos acionistas da rede social e que ganhe o sinal verde dos órgãos regulatórios do governo dos Estados Unidos, entre algumas outras condições comuns a negócios do tipo.
Segundo o comunicado emitido pelas companhias, os números atuais da rede social profissional são bastante relevantes:
- Mais de 433 milhões de membros pelo mundo todo, com crescimento de 19% ano a ano;
- 105 milhões de visitantes únicos por mês, número que aumentou 9% em 12 meses;
- 60% dos usuários atualmente acessam a plataforma por meio de dispositivos móveis;
- As visualizações trimestrais das páginas dos usuários cresceram 34% em um ano, chegando a 45 bilhões de views;
- 101% de aumento das ofertas de empregos no último ano, chegando a impressionantes 7 milhões de anúncios.
Tanto os chefes da Microsoft quanto os do LinkedIn apoiaram a decisão
“Hoje é um momento de refundação para o LinkedIn. Eu vislumbro oportunidades incríveis para nossos membros e clientes e estou ansioso para apoiar esse novo negócio conjunto. Dou meu total suporte a essa transação e à decisão do conselho de a realizar, e usarei minhas ações para votar de acordo com a recomendação deles”, concluiu Hoffman.
A Microsoft e o LinkedIn planejam uma conferência conjunta para investidores para as 12h45 (no horário de Brasília) desta segunda-feira (13). Com transmissão pela internet por meio do site da Gigante dos Softwares – disponível clicando aqui –, a apresentação terá a participação de Nadella e Weiner, além dos chefes dos setores de finanças e de questões legais da empresa de Redmond, Amy Hood e Brad Smith.
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