De acordo com um email ao qual teve acesso o jornal The Guardian, o governo australiano vazou acidentalmente dados pessoais de praticamente todos os líderes do G20, o grupo das 20 maiores economias do mundo, que se reuniu na Austrália no ano passado. O email em questão é na verdade uma espécie de esclarecimento sobre o acidente, que também aconteceu via email.
A falha foi um na verdade um descuido de um funcionário do departamento de imigração australiano. Ele estava preparando uma lista com todos os líderes dos países do G20, incluindo os presidentes do Brasil, EUA, China, Rússia, França, México, além de primeiros ministros e chanceleres do Japão, Alemanha, Reino Unido, Canadá e vários outros.
Essa lista continha detalhes do passaporte de cada um desses líderes, além dados dos seus vistos e outras informações pessoais. Contudo, como esses dados são normalmente requeridos em qualquer viagem que essas pessoas fazem, eles não são exatamente sigilosos. Mesmo assim, o vazamento com informações dos principais líderes do mundo deveria preocupar o departamento de imigração australiano.
Sem preocupações
A reação do departamento, entretanto, não foi de muita preocupação. No email que o The Guardian publicou, um diretor diz que não sentiu a necessidade de avisar as pessoas que tiveram seus dados vazados por não se tratarem de dados sigilosos. Fora isso, o destinatário incorreto que recebeu a mensagem sem precisar, um organizador da Copa da Ásia de futebol, não repassou nem fez um backup do email, o que teria diminuído as possibilidades de propagação das informações.
O funcionário do governo australiano enviou o email para o destinatário errado porque não verificou a função de autocompletar do Microsoft Outlook, que preencheu um endereço incorreto no lugar do destinatário. Há alguns meses, o mesmo departamento publicou nomes de mais de 10 mil pessoas que pediam asilo político em seu país também erroneamente, comprometendo a segurança desses indivíduos.
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