Se você é estudante e consegue manejar e compreender itens como computador, smartphone, console e outros eletrônicos com precisão, parabéns: você faz parte de um grupo privilegiado e de uma minoria no Brasil. Essa é uma das conclusões do relatório "Estudantes, Computadores e Aprendizado: Fazendo a Conexão", que analisou competências de alunos de diversos países na área digital.
O Brasil ficou em antepenúltimo lugar na lista que classifica as habilidades digitais dos alunos. Isso significa que nossos estudantes encontram dificuldades para navegar em sites a partir de links, entender leituras feitas na internet (e interpretar dados contidos nos textos) e fazer uso de aplicativos como a calculadora do computador.
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Atrás do Brasil, somente Emirados Árabes Unidos e Colômbia. Por outro lado, Cingapura, Coreia do Sul, Hong Kong, Japão, Canadá e a cidade chinesa de Xangai foram os participantes mais bem posicionados.
Como podemos melhorar isso?
De acordo com a OCDE, acesso e tempo de uso não são fatores tão decisivos quanto parecem. Isso porque, mesmo que o estudante não possua computador em casa, a escola deveria ser um meio de aprendizado desses equipamentos — ou seja, se o Brasil foi tão mal assim, a educação formal também precisa ser culpada.
Ainda segundo o instituto, o estímulo à leitura tradicional é uma das formas de aprimorar a leitura online e a interpretação de comandos de navegação. Porém, mesmo os países que mais investiram em tecnologia da informação não conquistaram pontuações de destaque — ou seja, é preciso encontrar novas formas de ensinar e avaliar competências nas mais diversas disciplinas.
O estudo foi produzido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e avaliou 31 nações. O relatório completo pode ser conferido neste link em inglês.
Fontes