Em março deste ano o deputado estadual Rick Becker, representante da cidade de Bismarck na Assembleia Legislativa da Dakota do Norte, propôs um projeto de lei que tentava inibir a militarização do estado americano. Chamado House Bill 1328, o texto submetido pelo político obriga que a polícia solicite um mandado a um juiz antes de poder utilizar drones em operações de busca de evidências em investigações criminais.
O projeto também proibia o uso de qualquer tipo de armamento equipado nos drones da força policial do estado. No entanto, graças à intervenção de lobistas, a lei sofreu uma emenda que restringe a proibição apenas a armas letais. Ou seja, o uso de equipamentos não letais como tasers, balas de borracha, spray de pimenta, gás lacrimogêneo e canhões sonoros agora está liberado.
O interesse maior nessa questão toda seria do Departamento de Comércio da Dakota do Norte, que espera atrair investimentos de empresas que construam esses armamentos para o estado. Segundo os jornais de lá, a economia local está passando por um momento conturbado, então uma alteração na lei que facilite a injeção de capital externo não parece um preço caro demais para o governo estadual.
Resta saber o que a população acha disso, apesar de provavelmente ter pouco poder para interferir na questão, e quanto tempo vai levar até que outros estados sigam o mesmo exemplo. Somente para ilustrar a situação de forma mais clara, de acordo com o jornal The Guardian, 39 pessoas morreram em decorrência do uso de armas não letais por policiais nos Estados Unidos somente neste ano.
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