Parece algo saído de um filme de ficção, porém é totalmente verdade. Um drone com seis pequenas hélices controlado remotamente foi desenvolvido pela Chaotic Moon e é capaz de voar e paralisar suspeitos de crimes com um choque de 80 mil volts, fazendo com que o indivíduo seja instantaneamente neutralizado.
Batizado de Projeto CUPID (conjunto das iniciais de Chaotic Unmanned Personal Intercept Drone), o aparelho é um tipo de armamento que não é considerado letal, já que o choque atordoante não é fatal.
Entretanto, é fato que o choque de 80 mil volts é alto (normalmente aparelhos do gênero disparam choques de 50 mil volts). O hardware do drone é composto por um modelo Hexacopter da Tarot, que é encaixado em uma arma de choque da Phazzer. Uma mira de laser vermelho permite que o piloto que esteja controlando o CUPID consiga alinhar o disparo com o alvo, juntamente com uma câmera que transmite as imagens no exato momento da ação. Na demonstração de vídeo, é possível ter uma noção do funcionamento do aparelho.
É claro que inúmeros outros fatores devem ser levados em consideração na hora em que o CUPID for realmente necessário, como o local, o terreno, o grau de velocidade do suspeito, entre outros. Se você acha o conceito do CUPID algo um tanto assustador, com um drone sobrevoando as cidades do futuro e paralisando possíveis suspeitos de crime, fique tranquilo. O aparelho foi desenvolvido para não ser autônomo (pelo menos por enquanto), sendo que o seu acionamento só ocorre por motivos legais.
(Fonte da imagem: Reprodução/The Verge)
Além disso, nos Estados Unidos há um grande debate sobre o posicionamento dos drones nos espaços aéreos do país. No momento, pelo menos uma força policial americana já possui um drone que existe exclusivamente para vigilância, porém que também pode ser equipado com algum tipo de arma não letal – algo que já levanta divergência de opiniões entre os cidadãos.
Um possível vigilante policial aéreo
William Hurley, um dos responsáveis pelo CUPID, disse que as aplicações do drone são inúmeras. Em um dos exemplos, ele citou que o aparelho pode funcionar como um guarda de uma propriedade qualquer, do mesmo modo que existem vigilantes humanos em certas áreas. Se alguém suspeito entrar no local, o drone pode capturar imagens e enviá-las para o piloto. Com adição de alto-falantes, o piloto poderia conversar com o intruso e, caso ele se recusasse a sair do local, o dispositivo poderia disparar o choque de 80 mil volts e neutralizar o suspeito.
De qualquer modo, o CUPID é apenas um equipamento capaz de atordoar, sendo necessário que policiais ou outras pessoas estejam presentes para que o procedimento continue.
Há muito que deve ser discutido sobre o assunto e, por mais que já haja tecnologia para criação de tal equipamento, muitas pessoas não se sentem confortáveis com um drone como vigilante. Entretanto, talvez daqui alguns anos, seja provável que robôs como esse patrulhem certas áreas ou acompanhem policiais.
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