O Google anunciou nesta quarta-feira (7) que realizou com sucesso a primeira bateria de testes com o seu sistema próprio de controle de tráfego aéreo de drones. Em um campo de testes da FAA, órgão regulamentador a aviação nos Estados Unidos, a companhia colocou a prova a plataforma que visa garantir mais segurança no manejo de aeronaves não tripuladas.
Segundo relata James Ryan Burgess, um dos responsáveis pelo Project Wing, os testes mostraram que a plataforma desenvolvida pela Google é capaz de gerenciar trajetos complexos de vários drones ao mesmo tempo.
“Este é um passo importante que pavimenta o caminho para o futuro, no qual muitas aeronaves não tripuladas poderão voar juntas de forma segura”, escreve Burgess. “Ele também torna possível que um único operador — uma pessoa ou uma organização — coloque no ar diversas aeronaves simultaneamente.”
Gerenciamento automático de rotas
O grande trunfo do Google aqui é oferecer uma plataforma que permita depender menos dos controladores de voo ao traçar rotas seguras de forma automática. “Historicamente, os operadores tinham que afastar manualmente as aeronaves de obstáculos; ao contrário, nós demonstramos ontem que a nossa plataforma pode gerenciar automaticamente as rotas de voo de todos esses diferentes tipos de drones, planejando trajetos novos e sem obstáculos para cada aeronave se e quando um conflito aparecer.”
Tudo isso é possível graças à combinação de dados obtidos diretamente da nuvem e de serviços da própria Google, cmo Google Maps, Street View e Google Earth. De acordo com Burgess, essa combinação de aplicações permite aos desenvolvedores “criar uma compreensão detalhada do mundo — incluindo construções, estradas, árvores e outros objetos —, necessária para que os drones possam navegar com segurança.”
Para os próximos meses, os criadores da plataforma pretendem refinar ainda mais o sistema, garantindo uma compreensão ainda maior do ambiente no qual as aeronaves não tripuladas circulam. No futuro, espera-se que o Project Wing seja capaz de tomar decisões em frações de segundo para garantir que o cada vez maior número de drones sobrevoando as nossas cabeças faça isso da forma mais controlada e segura possível.
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