Você já parou para pensar em como seria sua vida atualmente sem um celular? Parece quase impossível, certo? A verdade é que passamos boa parte de nossos dias com os aparelhos em mãos, trabalhando, interagindo e nos divertindo. Inclusive, as redes sociais contribuíram muito para isso, elevando ainda mais nosso tempo de tela e nossa obsessão por smartphones. E é exatamente isso o que tem preocupado o inventor do celular, Martin Cooper.
O engenheiro norte-americano, conhecido como 'pai do celular', revelou que não está muito contente com o que os dispositivos se tornaram, dizendo que todos estão "um pouco obcecados" com eles. Em entrevista à AFP, Cooper, que atualmente tem 94 anos, afirmou: "Fico devastado quando vejo alguém atravessando a rua olhando para o celular. Eles estão malucos. Mas após algumas pessoas serem atropeladas, elas perceberão o que estão fazendo".
O criador do celular mostrou certa preocupação com a obsessão que se criou em torno do produto.Fonte: GettyImages
Por outro lado, Cooper, que utiliza um Apple Watch e um iPhone de última geração (mostrando que não está desconexo das novas tecnologias), consegue enxergar o lado positivo de sua criação e diz que os celulares têm um potencial imenso e ainda irão "revolucionar a educação e a saúde". Ele completou: "eu sei que pode parecer exagero, mas eu quero que você saiba que, em uma ou duas gerações, nós teremos curas para doenças".
Cooper criou o primeiro celular do mundo no dia 3 de abril de 1973 utilizando um bloco de fios e circuitos. Na época, o profissional trabalhava para a Motorola e, acompanhando de um time de designers e engenheiros, tinha um objetivo bem claro: criar um tecnologia mobile que realmente fosse efetiva e útil. O resultado foi o aparelho DynaTAC - Dynamic Adaptive Total Area Coverage. Ele pesava cerca de um quilo e tinha bateria que durava apenas 25 minutos.
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