A Motorola lançou a família Moto G8 aos poucos. Em 2019, lançou o Moto G8 Plus e Play, e neste ano trouxe os Moto G8 e Moto G8 Power. O Moto G8, modelo comum, foi lançado por R$ 1.299 e atualmente custa R$ 1.399 no site da fabricante. E é exatamente sobre ele que nós vamos falar neste vídeo.
- Bateria com boa média de duração
- Chega ao mercado com Android 10
- Tela grande, porém com baixa resolução
- Desempenho limitado e com alguns bugs
Este aparelho é resultado de gerações anteriores da linha mais importante para a Motorola atualmente. Mas, além das novidades, muita coisa acabou sendo alterada e deixada de fora. Será que o G8 vale a pena? Ou é melhor apostar nas suas variantes?
Design, tela e multimídia
O design dessa geração é bastante parecido. No Moto G8, o smartphone é construído com um plástico liso que tem ótima pegada e não escorrega das mãos. Ele também não é nem tão largo, nem tão esticado (161.3 x 75.8 x 9.0 mm) e tem peso relativamente confortável (188.3 gramas).
A traseira traz as câmeras na área esquerda, no canto superior, e o leitor biométrico fica localizado próximo delas, porém centralizado. Ele é usado para rolar a Central de Notificações em qualquer espaço, algo que faz falta em celulares com o leitor sob a tela. A Motorola ainda envia uma capinha de silicone na caixa do produto.
Não há nada de tão expressivo no seu visual. Os detalhes são simples, o corpo passa certa robustez e os botões estão apenas no lado direito. Ele traz entrada híbrida para dois chips de operadora, ou para um chip e um microSD.
Moto G8 (Imagem: Derek Keller/TecMundo)
Já a tela dele tem 6,4 polegadas (19.5:9) e tecnologia IPS LCD. O ponto forte é que ela é bem grande e confortável, mas o ponto fraco é a sua resolução HD+ (1560 x 720p, 268ppp). Isso não é nada legal, já que os Moto G6 e G7 têm tela Full HD+. Ele traz um entalhe circular no canto superior esquerdo para a câmera de selfies que é pouco intrusivo, mas dependendo do conteúdo pode acabar "cortando" essa área.
Entre outros, essa tela parece ainda menos brilhante do que nos últimos anos. Vale notar que a resolução baixa, em uso normal, não é um grande impedimento. Se você estiver assistindo algum filme ou jogando com ele perto do rosto, aí pode perceber a falta de nitidez.
Para a faixa que atua, o G8 está numa média confortável, mas não muito boa. As cores reproduzidas por ele são vívidas, por outro lado. Já a saída de áudio é única e fica na parte inferior. Ela pode ser abafada com o uso natural, embora a qualidade do áudio não seja ruim. Ele só não é imersivo, mas faz um trabalho bom e tem volume bacana.
Desempenho e bateria
O Moto G8 traz um chipset Snapdragon 665, 4 GB de RAM e 64 GB de espaço interno. Ele ainda traz Bluetooth 5.0, mas não tem sensor de NFC. Inclusive, o aparelho já chega no mercado com Android 10 e novas funções de software adicionadas pela fabricante.
O desempenho dele, claro, corresponde à faixa de mercado em que atua. Por ser um smartphone intermediário básico, não espere por altas taxas de transferência ou muita fluidez com jogos graficamente pesados.
Normalmente, os aplicativos levam um certo tempo para abrir, e o mesmo atraso acontece quando você rotaciona um conteúdo da vertical para a horizontal. Não tivemos problemas de congelamento, mas o app do Twitter, em um momento pontual, continuou reproduzindo o áudio de um vídeo mesmo quando eu fechei ele. E a câmera "congelou" uma única vez quando o modo de AI reconheceu o cenário. Bizarro, porém pontual.
Carregamento do Moto G8 (Imagem: Derek Keller/TecMundo)
Em suma, o desempenho do Moto G8 não é ruim. Ele só não é tão fluido e pode apresentar quedas de desempenho com jogos exigentes. Mas, no uso geral, alternando entre vários aplicativos ao longo do dia, o uso é bastante razoável.
Sua bateria tem 4.000 mAh e ele traz carregador de 10W na caixa. Em um momento, conectei o carregador TurboPower do One Hyper e ele não ajudou em muita coisa, já que o carregamento total dura cerca de 2h20.
Sua autonomia ficou numa média muito bacana, com cerca de 7h de tela ligada por dia em uso intenso. Não há segurança suficiente para aguentar um uso, mesmo que normal, por mais de um dia. Aí, no caso, quem precisar de mais bateria, pode optar pelo Moto G8 Power.
Software e recursos
Como sempre, a Motorola traz uma versão do Android com poucas modificações e animações padrão. O recurso mais conhecido é o do aplicativo 'Moto', que reúne gestos e atalhos para navegar na interface.
Este modelo é compatível com os gestos de abrir e girar a câmera; de balançar o celular para ativar ou desativar a lanterna; de capturar uma screenshot posicionando três dedos na tela, além das screenshots de páginas inteiras e muito mais.
Moto Ações no Moto G8 (Imagem: Derek Keller/TecMundo)
Além disso, a Motorola traz um modo gamer que desabilita notificações e outras funções que podem atrapalhar a jogatina. O modo noturno da interface também está aqui, porém de forma parcial.
Câmeras
O Moto G8 tem três câmeras: a principal de 16 MP, uma grande angular de 8 MP (118 graus) e uma macro de 2 MP. Ele também traz um espaço abaixo dos sensores para o foco a laser, que ajuda muito, entre outros, em fotos com o modo retrato.
Estes são os detalhes das câmeras: principal de 17 MP (f/1.7), foco por detecção de fase (PDAF) e por laser; secundária de 8 MP (f/2.2) com ângulo de visão de 118 graus; macro de 2 MP (f/2.2); frontal de 8 MP (f/2.0).
Se você quer tirar fotos rápidas e boas, o ideal é usar a câmera principal. Ela tem mais nitidez, reduz o nível de ruído e captura cores vívidas e bem saturadas. Se você prefere cores mais naturais, basta usar o modo manual ou desativar o HDR. Por outro lado, o HDR ajuda em cenários escuros, já que não há um modo específico.
Foto tirada com o Moto G8
A câmera de ângulo aberto já perde bastante nitidez em relação à principal. As fotos também ficam boas com iluminação ideal, mas tenha em mente que há uma certa distorção nos cantos (algo normal até em celulares mais caros) e muito menos detalhes.
Por fim, a câmera de macro é um sensor bastante peculiar. Ele tem muito menos nitidez que os outros, logo as fotos ficam com baixíssima resolução. É um adicional bastante pontual, mas que não faz impacto no conjunto do Moto G8.
Agora, na frontal, o smartphone tem 8 MP e faz selfies muito boas em cenários com boa iluminação. Ele se confunde no balanço de branco em cenários com pouca luz, mas em condições ideais registra fotos com cores bonitas e detalhes preservados. Tudo isso, claro, considerando que é um smartphone intermediário básico.
Selfie com Moto G8 (Imagem: Derek Keller/TecMundo)
Vale a pena?
O Moto G8, no caso, é uma versão um pouco mais light do Moto G8 Plus. Mas ele fica num espaço bastante complicado, já que o Moto G8 Power tem hardware parecido, câmeras melhores e bateria com autonomia melhor.
Com o Moto G8, a Motorola coloca no mercado um bom competidor para modelos como o Galaxy A30s, da Samsung. Uma boa dica é aproveitar para comprá-lo em alguma promoção, já que os R$ 1.399 cobrados atualmente podem ser salgados.
Para um smartphone da sua faixa de mercado, o Moto G8 está bem posicionado. Ele tem algumas inconsistências no desempenho e uma tela com resolução baixa. Mas seu corpo é bem construído, as câmeras fazem um trabalho legal e a bateria tem autonomia satisfatória.
Review em vídeo:
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