Durou pouco o projeto Hydrogen RED, um smartphone ambicioso com tela holográfica, esquema de câmeras de alta qualidade e acessórios modulares. O CEO da empresa, Jim Jannard, oficializou o fim da linha do segmento de smartphones na fabricante nesta quinta-feira (24).
Em um comunicado em um fórum ligado à marca, Jim Jannard comunicou que vai se aposentar aos 70 anos por motivos de saúde, após 45 dedicados à indústria (ele também é fundador da marca de óculos Oakley) e duas décadas no comando da RED. A empresa é um nome consolidado no setor de cinema, desde a fabricação de câmeras até softwares e acessórios. Na mesma mensagem, ele confirmou que todo o projeto Hydrogen seria encerrado.
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A fabricante conseguiu lançar apenas um dispositivo: o RED Hydrogen One, um modelo de alto padrão e preço bastante salgado (US$ 1.295, ou R$ 5,2 mil em conversão direta de moeda). Porém, o dispositivo passou tanto tempo nos laboratórios — o anúncio foi em julho de 2017 e o lançamento aconteceu em agosto de 2018 — que a comunidade rapidamente perdeu interesse.
Ficou na memória
O Hydrogen One teve o preço cortado pela metade meses após críticas (sobre a tela e, por incrível que pareça, na câmera) e baixas vendas. A Red nunca chegou a lançar os tais acessórios. No lugar, Jannard anunciou em julho deste ano o Hydrogen Two, que seria mais acessível para o consumidor padrão de celular. O projeto não vai mais sair do papel. Ele ainda colocou a culpa pelo fracasso do modelo na fabricante terceirizada chinesa que cuidou da montagem do dispositivo.
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