Tinha, mas acabou: os novos Galaxy Note 10 e Note 10+, da Samsung, não têm entradas para fones de ouvido. Os smartphones, assim, tornaram-se os primeiros flagships da empresa projetados para usar exclusivamente fones Bluetooth ou com conectores USB-C, seguindo a tendência já adotada pelo iPhone e pelo renascido Galaxy Fold.
A decisão, segundo revelou o gerente sênior de Produto da Samsung América, Caleb Slavin, foi tomada depois que a empresa perguntou a usuários das linhas Galaxy S e Note que tipo de fones eles preferiam e descobriu que cerca de 70% usavam o Bluetooth em vez dos fones de ouvido tradicionais.
Outra vantagem de o smartphone perder a entrada para fones é permitir que os projetistas reduzam o bisel ao redor do display. "No Note 10, diminuímos a moldura para maximizar o tamanho da tela", disse a diretora de Gestão de Produtos da Samsung América, Suzanne de Silva.
Como os Note 10 não incluem fones de ouvido Bluetooth nas caixas, quem ainda não tem os seus pode comprar separadamente o adaptador de 3,5 mm para USB-C por US$ 10 (cerca de R$ 40).
Abandono gradual
O Moto Z e o iPhone 7 abandonaram a saída de 3,5 mm em 2016 e se tornaram um marco na tendência entre os smartphones de alta tecnologia. Hoje, a maioria trabalha com adaptadores, vendidos separadamente ou não (iPhones vinham com um até o ano passado).
O Galaxy A8s, exclusivo para a China, foi o primeiro modelo da Samsung a dispensar o conector de fone de ouvido, caminho seguido pelo Galaxy Fold e pelo Galaxy A80 (e, quem sabe, pelo Galaxy S11, em relação ao qual a Samsung não quis fazer comentários).