Durante os últimos anos, uma reclamação constante de muitos entusiastas que acompanham o mercado de smartphones envolve a suposta falta de inovação nesse setor. Embora fiquem mais rápidos, finos e leves, as aparências podem levar a crer que os celulares mudaram pouco ultimamente.
Seja qual for a sua posição nesse debate, nada melhor para embasar os argumentos do que relembrar quais foram os principais lançamentos recentes que trouxeram a indústria para o patamar atual.
É por isso que listamos abaixo os melhores celulares do ano dos últimos 5 anos, levando em consideração tanto o fator de inovação como a capacidade das fabricantes de transformar as tendências da tecnologia em ferramentas que são realmente úteis para o público.
2014
Começamos com o ano que firmou a adoção das telas grandes como padrão da indústria. Até mesmo a Apple, uma das fabricantes que mais resistiu ao novo tamanho dos aparelhos, jogou a toalha com o lançamento do iPhone 6, esticando o visor em quase 1 polegada quando comparado ao iPhone 5s, seu antecessor.
E a ideia deu muito certo. É tanto que a mudança no visual, aliada à chegada do iPhone 6 Plus para os fãs de telas ainda maiores, foi reutilizada em três modelos posteriores. Embora as bordas generosas pareçam antiquadas atualmente, elas não chegaram a ser um problema na época.
Enquanto isso, do outro lado da cerca, a Motorola se destacou com um dos seus smartphones mais elogiados até hoje, recebendo diversos prêmios de melhor aparelho Android do ano.
Trata-se da segunda geração do Moto X, que aliava boas especificações, sistema operacional com poucas modificações e preços bem abaixo do que estávamos acostumados a ver em topos de linha (ele chegou ao Brasil custando R$ 1.499).
2015
Se o ano anterior marcou uma renovação visual no iPhone, 2015 foi o momento de a Samsung fazer o mesmo. Com o Galaxy S6, a companhia sul-coreana abandonou o plástico e investiu em vidro e alumínio como principais materiais para seu carro-chefe. Além disso, o modelo Edge deu uma prévia do estilo de design que a empresa hoje chama de Tela Infinita.
As mudanças não ficaram restritas à parte externa, com o infame software da empresa também sendo redesenhado para remover os excessos, alvo de tantas reclamações nos dispositivos anteriores. Tudo isso também vale para o Galaxy Note 5, a opção definitiva para quem queria o melhor hardware com a maior tela possível.
Correndo por fora estava a própria Google, trabalhando em parceria com LG e Huawei para lançar o Nexus 5X e o Nexus 6P, respectivamente. Ambos indicavam os caminhos que a criadora do Android iria seguir no futuro, com a produção de sua linha própria de dispositivos Pixel.
Vale ainda destacar esse ano como o que deu início a popularização do sensor de impressões digitais em smartphones com Android. Seja na parte traseira ou em um botão frontal, a nova tecnologia se firmou como a forma padrão de autenticação para futuros aparelhos.
2016
Embora as fabricantes chinesas já tivessem chamado a atenção dos mais curiosos nos anos anteriores, muita gente ainda não via Xiaomi e Huawei como verdadeiras concorrentes das companhias mais tradicionais. Mas se há um ano que pode ser definido como o ponto de virada para a China, este certamente é 2016.
Com o lançamento do Mi Mix, a Xiaomi conseguiu a atenção até mesmo de quem não acompanhava o mercado de celulares. O grande destaque do aparelho era, e continua sendo, a espessura das bordas, finas até mesmo para os padrões atuais. Ele acabou virando o símbolo dessa tendência de aproveitar ao máximo a parte frontal com a tela, tirando a câmera frontal do lugar original para conseguir
Outro aparelho que chegou ao mercado apostando em um diferencial foi o Moto Z da Motorola. Anunciado como o novo topo de linha da companhia, ele se destacava pelos conjuntos de módulos, aqui no Brasil batizados de Moto Snaps, que podem ser acoplados à parte traseira do smartphone para adicionar funções novas, indo de uma bateria maior a um controle para jogos.
2017
Após duas gerações sem grandes mudanças, a Apple aproveitou o aniversário de 10 anos do lançamento do primeiro iPhone para alterar novamente o visual da principal fonte de renda da companhia.
Com o iPhone X, a empresa popularizou o controverso entalhe, que abriga tanto a câmera frontal como os sensores responsáveis pelo desbloqueio via reconhecimento facial. Assim como aconteceu com o iPhone 6, esse design deve continuar a ser referência pelos próximos anos.
Mas destaque do ano foi dividido com o Google e seus modelos Pixel 2 e Pixel 2 XL, que viraram os queridinhos de quem curte fotografia com o smartphone. Indo na contramão da ideia de que é necessário ter muitos sensores para produzir fotos boas, o Pixel 2 tem apenas uma câmera traseira. Seu segredo fica por conta do software, o que foi suficiente para que ele reinasse por muito tempo como líder na classificação da DxOMark.
Também vale destacar a recuperação da Samsung ao lançar o Galaxy Note 8 e (quase) apagar da memória o fiasco que foi o Note 7. Neste ano também conferimos o retorno triunfal da marca Nokia ao mercado de celulares, com muitos elogios especialmente para o Nokia 8.
2018
Embora não tenha sido citada até aqui, a OnePlus é mais uma das empresas chinesas que ficou conhecida nos últimos anos pela qualidade dos seus smartphones. Mas diferentemente das outras companhias do país, ela apostou no minimalismo como grande diferencial para entrar nos mercados ocidentais.
Enquanto marcas como Huawei e Xiaomi investem em modificar praticamente todos os elementos da interface do Android, o OxygenOS da OnePlus chama a atenção exatamente por interferir pouco na visão do Google para o sistema operacional.
Combine isso com um hardware capaz de bater de frente com qualquer topo de linha, câmeras competentes, design moderno e um preço inferior ao dos concorrentes diretos (pelo menos nos mercados em que ele foi lançado oficialmente). Não é por acaso que dois celulares da OnePlus ficaram em primeiro lugar na lista de preferência dos nossos especialistas.
E o futuro?
Tanto os últimos lançamentos do ano passado como os vazamentos mostrando o que vem por aí indicam que um dos destaques de 2019 será a moda da câmera de selfie em um buraco na tela, como veremos no Samsung Galaxy S10.
Para além disso, os smartphones dobráveis devem fazer sua grande estreia, com Samsung e Huawei prometendo mostrar os novos dispositivos já neste mês de fevereiro. No entanto, o histórico também mostra que muitos dos grandes lançamentos devem trazer apenas iterações do que vimos nos últimos 5 anos.
E você? Acha que a indústria de smartphones ficou mesmo muito parada e sem inovação nos anos recentes? O que espera dos celulares que estão por vir? Deixe sua opinião nos comentários.
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