Estes foram os 10 principais recursos em smartphones de 2018

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Imagem: hardware

O ano de 2018 foi certamente um dos mais interessantes no mercado de smartphones desde a popularização desse tipo de dispositivo no fim da década passada. Muitas marcas estavam trabalhando em minimizar bordas em volta da tela, mas aí, no fim do ano passado, a Apple veio com o iPhone X e deixou a bola na mão das empresas que lançariam celulares no começo de 2018.

E, com isso, a indústria foi de “adoção quase total do notch do iPhone”, no primeiro semestre, para “soluções inventivas para abandonar o dito entalhe” no segundo. Junto com isso, surgiram várias outras tendências e recursos que tornaram 2018 um ano bastante curioso, que poderá ser lembrado para sempre como o começo de uma pequena revolução no formato dos dispositivos.

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Falando em formato, a Samsung e algumas outras pequenas marcas chegaram a lançar ou apresentar aparelhos com telas dobráveis, mas, como nenhum desses aparelhos chegou em larga escala para o público, vamos deixar isso como um dos top recursos de 2019.

Sem mais, vamos à lista dos principais recursos deste ano que está terminando.

10. Celulares gamer

A Razer foi a responsável por começar uma tendência no mercado: smartphones gamer. Até então, quem queria um smartphone poderoso especialmente para jogar os games mais recentes para Android e iOS, tinha que simplesmente comprar o top de linha de sua marca favorita.

A Razer então resolveu entrar nesse mercado trazendo especificações que apelariam especificamente para esse público. Com uma tela com taxa de atualização em 120 Hz e áudio de alto desempenho, nasceu o Razer Phone.

mashableRazer Phone (fonte: mashable)

Esse aparelho foi lançado oficialmente em novembro de 2017, mas ninguém sabia naquela época se essa moda iria pegar. Não demorou muito e outras fabricantes entraram nessa onda. A Xiaomi lançou o Black Shark em abril, botando fogo na concorrência, e Asus chegou para tornar a brincadeira ainda mais séria com o ROG Phone e seus inúmeros acessórios gamer de verdade.

Essa estratégia da empresa de Taiwan parece ter dado tão certo que, a partir de 2019, osgamers e power users serão foco principal de toda a divisão mobile da empresa.

9. Câmera frontal retrátil

O primeiro smartphone real de uma grande marca que vimos com esse recurso foi o Vivo Apex, que a empresa mostrou no começo do ano simplesmente para impressionar os fãs e atiçar a curiosidade dos jornalistas de tecnologia. Meses depois, a empresa apresentou o Vivo Nex, que concretizou as câmeras frontais retráteis no mercado.

vivo nexVivo Nex de primeira geração (fonte: divulgação)

A Oppo, outra marca controlada pela mesma empresa que a chinesa Vivo, também entrou na jogada com o Find X, que não apenas trazia a câmera frontal retrátil, mas sim toda a parte superior do celular. A parte móvel do Find X levantava todas as câmeras frontais e traseiras, junto com os sensores para a biometria facial 3D da empresa marca. Assim, toda vez que ele é desbloqueado, essa parte precisa ser levantada mecanicamente.

Outros aparelhos dessas e outras marcas vêm aparecendo no mercado com recursos similares desde então.

8. Cores em gradiente

A Huawei tem investido pesadamente em design, e seus smartphones conseguiram chegar a um novo patamar de beleza em 2018. No começo do ano, a empresa apresentou a linha P20 e trouxe um conjunto de cores brilhantes bastante chamativas. Uma delas era uma espécie de gradiente entre azul, verde e roxo.

O aparelho ficou tão interessante que várias outras marcas menores começaram a produzir traseiras em gradiente, e a própria Huawei implementou novamente esse conceito em seus modelos da família Mate 20 mais tarde neste ano.

mate 20Mate 20 Pro em sua cor gradiente (fonte: divulgação)

7. Bem-estar digital

A Google apresentou o Bem-estar digital no Android Pie no início do ano e concretizou a chegada desse recurso em agosto. Essa novidade basicamente era um conjunto de recursos que poderiam ajudar o usuário a controlar melhor o seu “vício em smartphones” e tomar posse novamente de suas vidas.

Nesse meio tempo, entre anúncio e lançamento, a Appleconseguiu fazer algo muito parecido e começou a distribuir praticamente as mesmas ferramentas para seus usuários do iOS, que agora também podem aproveitar alguns recursos de software para se desligarem um pouco da telinha nas mãos.

googleRecurso da Google ainda saiu em forma de teste Beta (fonte: 9to5Google)

Essa é uma tendência de software nas duas principais plataformas mobile do mundo e, consequentemente, deve estar em praticamente todos os smartphones nos próximos anos, assim que o Android Pie começar a chegar efetivamente aos consumidores.

6. IA

O discurso de praticamente toda fabricante de software e de smartphones propriamente ditos tem alguma coisa a ver com inteligência artificial. Isso não começou exatamente em 2018, mas tomou grandes proporções este ano. A Google já havia desenvolvido um chip especificamente para processar IA por meio de redes neurais em seus Pixel 2 e 2 XL, mas, em 2018, esse elemento foi levado para um outro nível.

Huawei, Samsung, Apple e outras começaram a fazer o mesmo e estão oferecendo muito mais recursos de IA do que antes. Só recentemente é que o mercado realmente começou a trazer coisas úteis de fato para esse segmento.

Antes, tudo o que víamos eram coisas bobas para enfeitar fotos, como orelhinhas de cachorro em realidade aumentada, e controle de consumo de bateria que não funcionava mais depois de alguns meses.

pixel 3Gerações 2 e 3 dos Pixel da Google já contam com chips dedicados a IA (fonte: 9to5Google)

5. Três ou mais câmeras traseiras

A era da câmera dupla já era. A moda agora é ter três ou mais sensores na traseira do mesmo smartphone. A Huawei mais uma vez puxou o bonde com o P20 Pro no começo do ano, e, agora, a Samsung já lançou smartphones intermediários com quatro sensores na traseira.

A Google, talvez com medo de ficar para trás, também entrou no mundo das múltiplas câmeras, mas não pulou direto para três sensores. Em vez disso, a empresa colocou duas câmeras frontais nos seus mais recentes modelos, mas manteve a câmera única na traseira.

galaxy a8+Samsung já tem smartphones com quatro câmeras traseiras (fonte: divulgação)

Hoje, falar em quatro câmeras atrás não é mais exatamente algo bizarro, sendo que pelo menos meia dúzia de modelos diferentes de grandes marcas já contam com isso.

4. Tela deslizante

Enquanto, no começo do ano, as principais fabricantes de smartphones Android corriam atrás da Apple e seu notch — sem sucesso —, as coisas começaram a mudar no fim deste ano. Começaram a aparecer algumas soluções malucas para evitar o notch, o recorte que muita gente odiou, mas que pudessem também melhorar o aproveitamento da face frontal dos celulares com tela.

A câmera frontal retrátil foi uma das primeiras soluções, mas aí a Xiaomi e algumas outras empresas menores trouxeram de volta do “celular slide”. Agora, era possível fazer a tela do celular deslizar para baixo a fim de revelar as câmeras frontais na parte de dentro. Quando fora de uso, esses elementos ficam escondidos, e as pessoas podem aproveitar um display praticamente sem bordas.

mi mix 3Mi Mix 3 da Xiaomi usa uma tela deslizante para evitar um notch na tela (fonte: gfycat)

3. Tela traseira

Mas as telas deslizantes e as câmeras retráteis podem ser um problema. Partes móveis são pontos fracos em um smartphone, tanto no quesito do desgaste quanto no que toca a penetração e água e outros líquidos.

Por isso, começaram a surgir aparelhos como o Nubia X, com uma tela OLED escondida por baixo da traseira de vidro do celular. Esse display secundário é bem menor que o frontal, mas é totalmente funcional. Seu principal recurso é ajudar a tirar selfies com a câmera traseira, mas também é útil para outras coisas.

Modelos de outras marcas estão surgindo com o mesmo recuso, mas o Nubia já está no mercado há alguns meses.

2. Android One

Essa não é exatamente uma tendência global no momento, mas podemos destacar que a chegada doAndroid One ao Brasil é realmente um dos pontos altos do ano. Isso porque os Pixels não são vendidos por aqui, e as marcas presentes no Brasil estão longe de seguir o cronograma de atualizações da Google com empenho.

Assim, o Motorola One, o primeiro aparelho com Android One no nosso país, é um verdadeiro símbolo de esperança para quem gosta de experimentar as novidades do Robô tão logo elas são lançadas pela Google.

Smartphones Android One são aparelhos de marcas parceiras da Gigante de Mountain View que lançam novos aparelhos ou mesmo versões de modelos já existentes com o software completamente limpo da Google. Assim, os usuários podem ter a “experiência de um Pixel” sem ter que comprar um desses aparelhos.

1. Leitor de digitais na tela

Na minha opinião, entretanto, nada foi mais importante que a “popularização” do leitor de digitais na tela. Esse recurso também começou a aparecer já em janeiro deste ano e, desde então, tem sido gradativamente adotado por mais fabricantes.

Novamente, a chinesa Vivo foi a responsável por trazer essa tecnologia primeiro para os usuários, já que marcas mais tradicionais como Samsung, Motorola, LG e Apple passaram a dormir no ponto.

Vivo X20 Plus UDVivo X20 Plus UD, primeiro modelo comercial com leitor de digitais na tela (fonte: divulgação)

O primeiro celular que chegou ao mercado com esse recurso foi o Vivo X20 Plus UD, que usa uma tecnologia da Synaptics para ler digitais dos usuários com um sensor óptico que consegue enxergar através do display. A mesma marca já lançou outros modelos com esse recurso, e, mais recentemente, a OnePlus trouxe o OnePlus 6T para o mercado também com esse leitor biométrico embutido na tela.

A OnePlus foi a primeira empresa a trazer essa novidade para o mercado ocidental, uma vez que a Vivo tem uma atuação bastante limitada à Ásia. Mesmo assim, essa novidade ainda não é exatamente popular.

Quando os primeiros celulares com sensores de digitais ultrassônicos começarem a chegar ao mercado, talvez tenhamos mais marcas como Samsung e Apple aderindo à novidade. Com isso, poderíamos dizer que “o futuro chegou”.

***

Gostou da nossa lista? Se você pensou em alguma cosia que eu deixei de fora, aproveita para falar sobre isso na seção de comentários. Assim, a gente consegue fazer um grande levantamento do que realmente foi 2018 em questão de novidades e tendências no mundo dos smartphones.

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