Um projeto piloto nos Estados Unidos permitirá que militares alocados em 24 países possam votar pelo smartphone nas próximas eleições intermediárias do país norte-americano. O programa foi concebido pelo investidor Bradley Tusk e pretende ampliar a participação política dos cidadãos.
Em participação no programa Recode Decode, Tusk defende que “se você dá às pessoas a possibilidade de realizar escolhas políticas em seus telefones, elas vão fazer isso” e que isso pode ser saudável para a democracia.
“Tome como exemplo o banimento de armas de assalto”, comenta. “Você é um congressista republicano da Flórida, o comparecimento [às urnas] é de 12% nas primárias, o seu distrito está falsamente representado, assim como a eleição geral em primeiro turno. Desses 12%, metade são membros da [associação de defensores de armas de fogo] NRA. Você provavelmente sabe que pessoas andando pelo seu distrito com uma AK-47 não é uma boa ideia, mas não pode arriscar alienar 50% dos eleitores.”
“Agora, as pessoas podem votar nessa mesma eleição usando os seus telefones, o comparecimento vai de 12% para 60%, o voto da NRA vai de 50% para 10% [e] a política muda completamente”, prosseguiu.
Baseado em blockchain
O sistema idealizado por Tusk e que será testado com os militares é baseado em blockchain, a mesma tecnologia usada na negociação de criptomoedas. Segundo o investidor, o sistema “é dramaticamente mais segundo do que qualquer outra maneira de transmitir dados de um ponto A para um ponto B”, possivelmente “mais seguro do que as eleições [atualmente].”
A iniciativa já foi testada no mesmo estado dos EUA nas eleições primárias em maio e, agora, serão usadas pela primeira vez nas eleições gerais. Quem sabe estamos diante de uma nova possibilidade de participação política que se tornará comum nos próximos anos.
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