A Polícia de Nova York tem recolhido milhares de câmeras “vestíveis” dos oficiais de várias delegacias, porque os gadgets, que costumam ser anexados aos uniformes, teriam uma falha que podem causar explosão e chamas. Segundo o periódico Daily Beast, o episódio aconteceu com um agente de Staten Island, que fazia uma ronda noturna no sábado (20).
O dispositivo é da marca Vievu e modelo LE-5, que pode se conectar a WiFi e pode fazer transmissões ao vivo e enviar dados a qualquer momento, além de ter software conectado com a nuvem Microsoft Azure Government. O aparelho começou a expelir fumaça, provavelmente por conta de algum problema com a bateria, e em seguida, explodiu. Quando caiu no chão começou a pegar fogo, segundo o relato do policial.
Fonte: Vievu
No domingo (21), o departamento mandou suspender todas as 2.990 câmeras que vinha sendo utilizada em 15 das 77 delegacias da região, como precaução. Atualmente, são 15,5 mil sensores — incluindo outros modelos, que não apresentaram problema até agora — para registrar a atuação do pessoal que vai a campo e a intenção do NYPD é equipar toda a corporação em um futuro breve.
Episódio também reacende polêmica
A explosão do gadget não somente colocou em dúvida o programa que trouxe as câmeras Vievu como também reacende uma polêmica entre diferentes grupos da sociedade civil organizada e as autoridades. De um lado, muita gente diz que um policial com uma câmera no corpo não somente fere a privacidade como serve para que os oficiais depois selecionem de forma cômoda as “provas” de sua atuação em um possível processo de força desproporcional, por exemplo.
Além disso, a teoria de que a população age de maneira “mais cortês” ou dentro da lei quando sabem que estão sendo gravadas ainda não foi comprovada de maneira convincente. Outra questão diz respeito à segurança de dados, pois os dispositivos conectados poderiam ser também hackeados e manipulados, pois, de acordo com o consultor Josh Mitchell, da firma Nuix, nenhuma das cinco marcas mais utilizadas possuem proteção com criptografia.
O caso ainda deve render bastante assunto nos próximos meses e vem sendo observado de perto por várias companhias e agências, já que ele pode servir como referência para o uso de sensores vestíveis nos próximos anos.
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