FBI obriga suspeito a desbloquear iPhone X com rosto pela primeira vez

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Desde que os dispositivo móveis passaram a usar identificação biométrica para desbloquear suas operações há uma discussão sobre a quebra de sigilo das informações contidas nesses aparelhos. Não existe um grande consenso a respeito, ainda mais agora que temos não somente telefones como outras máquinas utilizando o reconhecimento facial —aliás, o debate sobre o tema cresceu ainda mais com isso.

E eis que nos Estados Unidos houve o primeiro caso envolvendo o destravamento de um celular com o uso do rosto de um suspeito de crime. Grant Michalski, de 28 anos, acusado em um caso envolvendo pedofilia, vinha sendo investigado pelos federais, que então conseguiram um mandado de busca e apreensão para obter mais informações.

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Os oficiais então pediram a Michalski para que ele cedesse o acesso ao seu iPhone X com o uso do Face ID. Ao abrir os arquivos, os investigadores até conseguiram encontrar algumas pistas sobre seu envolvimento com pornografia infantil e pedofilia, assim como para contrabando, mas não foi possível obter uma análise mais profunda porque eles precisavam de mais tempo e o próprio smartphone tem um recurso de segurança com pedido de senha para sincronização com um computador após uma hora.

Caso reacende discussão entre FBI e Apple

Desde que a Apple negou a um juiz federal os dados privados do iPhone 5c de um de um atirador, em 2016, o FBI vem, digamos, dando um jeitinho de conseguir informações dos dispositivos de outras maneiras, incluindo gadgets que podem quebrar a segurança dos mesmos — como o Grayshift/GrayKey e o Cellebrite.

Neste ano, policiais na Flórida chegaram a invadir um velório para obter as impressões digitais de um suspeito morto, com o objetivo de desbloquear seu telefone e encontrar mais pistas. E, ao que parece, a negativa da Apple em ceder os dados tem levado a uma “vista grossa” das autoridades, que, descontentes com o posicionamento da empresa, vem utilizando mecanismos de quebra de credenciais para conseguir dados dos smartphones de acusados.

O assunto ainda promete mais pano para a manga, até porque a cada dia aumentam as preocupações e revisões sobre políticas de privacidade com empresas e governos.

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