Se você tem Android e um dia acessou uma conta Google com o histórico de locais, já teve a chance de ficar chocado ao saber que basta ter um celular ligado com GPS para muita gente saber exatamente quando e onde esteve em tudo quanto é lugar. Por isso mesmo é que o Pentágono está preocupado com seus militares e baixou uma medida para banir o uso de serviços de geolocalização em quaisquer dispositivos — smartphones, pulseiras fitness, smart watches, tablets e outros — nas chamadas “áreas operacionais” das Forças Armadas dos Estados Unidos.
O Pentágono havia comunicado que vinha revisando as políticas relativas aos aparelhos em janeiro. No começo do ano, foi revelado que o Strava, um aplicativo de condicionamento físico com capacidade de rastreamento para mapear o hábito de exercícios dos usuários, pode ter revelado inadvertidamente a localização de bases no mundo todo.
"Isso vai nos assegurar de que não estamos dando ao inimigo uma vantagem injusta e não estamos mostrando a localização exata de nossas tropas em todo o mundo. São dispositivos eletrônicos que possuem recursos de geolocalização, basicamente dispositivos habilitados para GPS, aplicativos, esses tipos de coisas”, disse o porta-voz do Pentágono, Rob Manning, à CNN, nesta segunda-feira (6).
Mapa de local que teria sido revelado pelo app Strava no começo do ano
Ainda que o GPS tenha que ser obrigatoriamente desativado, os aparelhos ainda poderão ser utilizados pelos membros das equipes. Quem vai garantir isso são oficiais destacados para essa fiscalização e a punição para quem infringir as novas medidas vai depender dos comandantes. O Pentágono afirma que o GPS poderá ser usado em sua sede. Mas com certeza deve ter alterado a localização de várias das bases espalhadas pelo globo.
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