A Samsung recentemente bateu recorde de lucro no primeiro trimestre e confirmou o sucesso da companhia no período anterior, graças ao seu bem-sucedido setor de semicondutores. O mercado mobile, no entanto, não vem arrecadando tanto quanto os executivos esperam, especialmente na China, onde a participação no mercado caiu para um patamar abaixo de 1%.
Isso vem acontecendo já há algum tempo. Em 2015, as vendas de dispositivos móveis retraíram até a Samsung chegar a 20% da fatia de arrecadação. No terceiro trimestre de 2017, esse percentual despencou para menos de 2% e agora chegou a incríveis 0,8%.
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A principal razão? O fato das companhias chinesas não precisarem de componentes internos da sul-coreana, o que se tornou um dos maiores erros da companhia nesses últimos anos, pois a China é atualmente o maior centro de vendas de smartphones e tablets do mundo. As empresas que andam dando as cartas por lá são Huawei, Oppo, Vivo, Xiaomi e Apple, que estão nas primeiras cinco posições, respectivamente. A Samsung só aparece no 12º lugar, mesmo sendo líder global.
Executivos cobram reação
Todo mundo está bem ciente desses números e, internamente, o chefe da divisão de celulares da Samsung, DJ Koh, pediu desculpas aos acionistas pela queda de participação de mercado na China, em reunião que aconteceu no mês passado. Segundo informações de bastidores, ele prometeu novas abordagens e espera que os resultados sejam palatáveis em breve.
A mesa diretora está preocupada porque a concorrência com os produtos chineses não está se limitando somente à China. Essa disputa também está chegando ao atual segundo maior mercado de smartphones, a Índia, onde a sul-coreana foi líder durante anos a fio e nos dois últimos trimestres viu perder posição para a Xiaomi, que se tornou o maior fornecedor do país, de acordo com relatórios de várias agências de pesquisa de mercado.
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