Quantum Sky: review/análise [vídeo]

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Quantum Sky é o smartphone que atualmente ocupa a posição de top de linha da marca brasileira, por mais que na verdade o hardware o deixe enquadrado entre os celulares intermediários do mercado. Por esse motivo, é de se esperar que o dispositivo não chegue no mesmo nível que os aparelhos de ponta das empresas maiores, mas isso não quer dizer que ele é um aparelho ruim, não.

Prós
  • Visual bonito
  • Inclui capinha e película na caixa
  • Tela de ótima qualidade
  • Desempenho digno e bastante espaço interno
  • Android puro
Contras
  • Fotos noturnas piores que o esperado
  • Bateria com duração decepcionante
  • Alto-falante fraco e mal posicionado
  • Dual-SIM fake e com agravante
  • Faixa de preço com opções melhores

O celular da empresa brasileira tem seus pontos fracos, como a duração da bateria, mas chega com um desempenho que se encaixa na faixa de preço e traz também alguns outros pontos interessantes. Quer saber mais sobre o Sky? Então confira a seguir a nossa análise completa.

Especificações Quantum Sky

Polêmico, mas bonito

Vamos começar pelo design, porque aqui já tem uma polêmica. A parte da frente é feita em vidro com bordas ligeiramente arredondadas, enquanto o corpo é feito de um metal fosco. A câmera traseira fica um pouquinho destacada, mas isso não chega a incomodar. Em geral, é um visual bonito e passa a sensação de boa qualidade para o aparelho.

Mas então por que afirmamos que esse item é polêmico? O que acontece é que tem uma galera que reparou que o visual é praticamente idêntico ao de um smartphone chinês, o Gionee A1. Até o hardware é bem parecido, o que deixou algumas pessoas com o pé atrás. Eu, particularmente, prefiro avaliar o smartphone por ele mesmo, e no quesito estético ele me agradou.

Quantum Sky

Seja como for, o fato é que a traseira é lisa e pode ser um pouco escorregadia. Uma coisa boa para os mais desastrados é que a Quantum incluiu uma capinha transparente e até mesmo uma película para a tela dentro da caixa do celular. Ah, e eu preciso falar aqui também que não, o Quantum Sky não tem certificação de resistência à água.

Tela de respeito

A tela é certamente um dos pontos positivos mais sólidos do Quantum Sky. O tamanho de 5,5 polegadas é grande, mas sem exageros. A resolução Full HD cria imagens com ótima quantidade de detalhes, e as cores são bem equilibradas e destacadas. Até mesmo a profundidade dos pretos me surpreendeu, o que faz o painel IPS LCD utilizado ficar devendo pouco para um AMOLED.

Acho que a única desvantagem que realmente faz diferença na tecnologia que a Quantum escolheu usar foi o impacto dela no consumo de energia, mas sobre isso vou dar detalhes mais adiante. Seja como for, a experiência de uso da tela do Quantum Sky é muito boa, tanto na hora dos joguinhos e dos vídeos quanto durante o uso comum. Dava para ser melhor? Sim, mas para um celular intermediário já está mais do que excelente.

Quantum Sky

Desempenho bom, espaço ótimo

Quanto ao desempenho, o aparelho também não decepcionou. O processador octa-core da MediaTek junto com os 4 GB de RAM são o suficiente para que o sistema rode liso e sem travamentos. A velocidade de abertura e troca de apps também é boa. Claro que o carregamento dos aplicativos no Quantum Sky não é tão rápido quanto nos celulares de ponta do mercado, mas para um intermediário ele está de acordo e faz um bom trabalho.

Na hora dos games, o Sky também se sai bem e consegue rodar de tudo com um desempenho legal. Mesmo títulos um pouco mais avançados e com gráficos avançados funcionam sem engasgos perceptíveis. Não dá para esperar o mesmo poder de fogo de aparelhos mais caros, mas mesmo assim ele dá um caldo para quem gosta de jogar nas horas vagas ou no transporte.

Quantum Sky

Um ponto legal de mencionar aqui é o armazenamento interno do celular, que tem nada menos do que 64 GB. Esse é um número bom e coloca o espaço interno do Quantum Sky na frente de muitos dos competidores na faixa dos R$ 1,5 mil – e isso ainda pode ser aumentado com um cartão micro SD, mas há uma ressalva séria aqui.

Benchmarks

Para ver como o Quantum Sky se sai em comparação com seus principais concorrentes, o aparelho foi submetido a três aplicativos de benchmark. Os testes utilizados foram o 3DMark (Ice Storm Unlimited), o AnTuTu Benchmark 6 e o Vellamo Mobile Benchmark (HTML5 e Metal).

Quantum Sky 3DMark Benchmark

O 3D Mark oferece uma série de testes para benchmark de smartphones. Entre eles, o Ice Storm Unlimited permite comparar diretamente entre processadores e GPUs. A resolução do display é um fator que pode afetar o resultado final. Quanto maior a pontuação, melhor o desempenho.

Quantum Sky AnTuTu Benchmark

O app AnTuTu 6 permite testar interface, CPU, GPU e memória RAM dos dispositivos. Os resultados são fornecidos individualmente e somados para gerar uma pontuação total. E aqui também vale a máxima para os pontos: quanto mais, melhor.

Quantum Sky Vellamo Benchmark

O Vellamo Mobile Benchmark aplica dois testes aos smartphones, avaliando o desempenho do celular durante o acesso de conteúdo na internet por meio de navegadores no primeiro e a performance do processador no segundo. Novamente, números maiores indicam resultados melhores.

Dilema dos cartões

O Quantum Sky tem dois espaços para cartões na bandeja. Um deles é para um chip micro SIM, enquanto o outro serve tanto para um nano SIM quanto para um micro SD. E é aqui que está o problema. O padrão nano SIM é usado em vários aparelhos já faz bem mais de 2 anos – que é mais ou menos o tempo que a maioria das pessoas leva para trocar de celular.

Dessa forma, há grandes chances de quem comprar esse smartphone agora já usar um chip nano. Aí você só vai conseguir usar o espaço híbrido para colocar um cartão de memória se comprar um adaptador que transforme um nano SIM em micro SIM, o que é uma coisa bem chatinha.

Quantum Sky

Interface na medida

No quesito interface, a Quantum escolheu seguir uma abordagem bem próxima do Android Nougat puro em sua versão 7.0. A única diferença perceptível foi nos ícones dos aplicativos que já vêm instalados, que têm uma cara própria, mas ainda seguem as linhas do Material Design da Google.

Como o software não têm modificações e não vem cheio de apps desnecessários, o sistema roda liso o tempo todo, e a utilização é bem fluida e ágil o tempo todo. Sem mistérios para qualquer pessoa que já tenha usado um Android puro (ou quase puro).

A navegação é feita por botões capacitivos ao lado da tecla Home, que podem ser reprogramados para deixar as funções voltar e aplicativos recentes na ordem que você quiser. O botão central é mecânico e deve ser pressionado para te levar para a home, mas também inclui um sensor de digitais. É só encostar o dedo cadastrado para desbloquear o aparelho. A velocidade de desbloqueio é boa, mas não chega a ser impressionante.

Quantum Sky

Vale ainda avisar que o Quantum Sky vem com aplicativo de rádio FM, que exige apenas que você ligue o fone de ouvido como antena para que o sinal seja captado sem problemas. E dá até para gravar o que estiver rolando na estação que você sintonizar.

Câmeras abaixo do esperado

As câmeras são um ponto em que eu esperava um pouco mais do Quantum Sky. O sensor traseiro da Sony tem 13 MP e lente com abertura de f/2.0, o que permite fazer fotos com boa definição em ambientes bem iluminados. Ela é ágil tanto na hora do foco quanto nos cliques, e as imagens saem com detalhes ricos e cores legais sob a luz solar ou em cenários internos com luzes fortes.

No entanto, é só ir para ambientes mais escuros, que a qualidade cai bastante. É possível usar o flash LED ou o modo noturno para tentar clarear as imagens, mas os resultados não ficam muito bons mesmo assim, e as cores acabam um pouco distorcidas. A resolução máxima dos vídeos é Full HD a 30 quadros por segundo, mas um sistema de estabilização de imagens faz falta por aqui, e as gravações sofrem bastante com qualquer balanço ou tremida.

A câmera frontal até tem mais resolução que a traseira, com 16 MP no total, mas a abertura é a mesma – e os problemas também. As selfies em ambientes com luzes fortes ficam boas, mas no escuro a situação já não é ideal. Dá só para quebrar o galho mesmo. É possível usar o sistema de embelezamento para suavizar alguns detalhes do seu rosto, mas a dica aqui é a mesma de sempre: cuidado para não colocar tudo no máximo e acabar parecendo um alienígena.

Em geral, dá para dizer que as câmeras do Quantum Sky são decentes para um intermediário, mas estão longe de serem as melhores na faixa dos R$ 1,5 mil.

Bateria boa para não usar

Com uma bateria de 4.010 mAh, eu esperava que o Quantum Sky tivesse uma duração pelo menos decente fora da tomada – e dá para dizer que esse é mesmo o caso, mas só se você não usar muito o smartphone. E é aqui que você me diz: como assim? A explicação vem a seguir.

No nosso teste de stress, com reprodução contínua de um vídeo por 1 hora com o brilho da tela no máximo, o consumo de energia do Sky permitiria que aguentasse apenas 5 horas e meia antes de ficar sem força – um número assustadoramente ruim. Diminuir o brilho para a metade só faz o total aumentar para 6 horas e 40 minutos, o que continua sendo bem pouco.

Quantum Sky

Usando o aparelho normalmente, percebi que a bateria acaba sendo drenada bem rápido enquanto a tela estiver desligada. É só passar 1 horinha jogando ou assistindo a vídeos para ficar bem difícil passar um dia inteiro longe da tomada.

Já quando resolvi testar uma utilização bem moderada do aparelho, tentando usá-lo o mínimo possível, só para responder a mensagens e marcações nas redes sociais, aí sim a duração da bateria me surpreendeu. Deu para chegar tranquilamente a mais de dois dias e ainda sobrou um pouco de carga para a manhã seguinte, o que significa que o consumo de energia do Sky em stand-by é baixo e que o vilão realmente é a tecnologia que a Quantum usou na tela.

Ou seja, a bateria é boa, mas só para quem passa mais tempo com o display do celular desligado do que ligado. Na hora da recarga, o Quantum Sky consegue ir de zero a cerca de 43% em meia hora, mas precisa ficar umas 2 horas e 10 minutos ligado na tomada para chegar a 100%.

Quantum Sky

Extras

Antes de fechar, vale falar também do áudio. A caixa de som do Quantum Sky fica na posição que para mim é a pior possível, na parte de baixo do aparelho. Com ela nesse local, não é difícil acabar cobrindo a saída com a mão quando você vai jogar ou ver vídeos na horizontal. Fora isso, a qualidade sonora é boa, mas o volume não atinge níveis muito fortes.

Pelo menos a fabricante compensa o alto-falante fraco incluindo fones de ouvido intrauriculares de boa qualidade na caixa, além da capinha e da película que já mencionei mais acima.

Quantum Sky

Vale a pena?

O preço oficial do Quantum Sky é R$ 1,5 mil, mas você pode encontrá-lo por R$ 1.350 se pagar à vista no boleto ou em uma vez no cartão de crédito no site da empresa brasileira. Por lá, é possível achar o modelo prateado com a frente preta ou o dourado com a frente branca.

Em linhas gerais, não dá para negar que o Sky é um bom aparelho. Ele tem um desempenho condizente com um intermediário de qualidade, excelente armazenamento e tela com boas imagens. Além disso, a caixa inclui capinha, película e fones de ouvido intrauriculares, o que são detalhes legais.

Por outro lado, as câmeras acabaram não sendo tão boas quanto o esperado, ficando com uma qualidade abaixo da de rivais na mesma faixa de preço, como o Zenfone 3 Zoom, o Moto G5S Plus e o Galaxy J5 Pro, entre outros.  Mesmo assim, o ponto que realmente complica as coisas para o Quantum Sky é a duração da bateria, que só é boa se você realmente não for tirar proveito dos pontos fortes do aparelho. Aí, se é para pegar um celular só para usar mensageiros e redes sociais, melhor escolher um mais barato.

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E você, o que achou do Quantum Sky? Deixe a sua opinião e as dúvidas que tiverem sobrado nos comentários mais abaixo, que eu respondo assim que puder. Se você está interessado em um dos aparelhos que citamos aqui, confira a seguir links com os melhores preços que nós conseguimos encontrar.

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