Muita gente aposta que a era dos smartphones e suas telas sensíveis ao toque estão com os dias contados. Bem, é lógico que os celulares não vão desaparecer de vez ou deixar de serem usados nos próximos anos, mas é bem possível que sejam substituídos muito em breve por outros gadgets na tarefa de nos conectar diariamente com o mundo, o entretenimento e o trabalho. O pessoal do Business Insider levantou algumas questões sobre isso, e piramos mais um pouquinho para projetar como pode ser esse cenário daqui a algumas temporadas.
Bem, antes de mais nada, vale lembrar que essas teorias não são exclusividade dos periódicos: na verdade, elas vêm de ideias que atualmente estão sendo trabalhadas por gente como Elon Musk e por gigantes como o Facebook, a Microsoft, a Google e a Amazon, entre dezenas de outras empresas e empreendedores.
A era dos assistentes e da realidade virtual
Os smartphones com certeza mudaram os hábitos e o comportamento do mundo todo; entretanto, se olharmos do ponto de vista da evolução dos computadores, eles não soam assim tão revolucionários. Explica-se: a grosso modo, os celulares com telas sensíveis ao toque nada mais são do que versões menores de um computador (ou laptop), mouse, teclado e monitor — só que melhoradas anualmente.
O próximo passo natural da experiência que os smartphones trazem atualmente seria utilizá-los sem o uso das mãos
Todos os novos modelos que chegaram recentemente às prateleiras — a exemplo dos iPhone 8, dos Pixel 2 ou dos Samsung Galaxy S8 — seguem esse padrão. E, convenhamos, as touchscreens correm o risco de perder precisão e até mesmo suas funções de acordo com as condições do display, do ambiente e dos usuários. Então, o que poderia mudar em curto prazo? A chegada em massa de assistentes virtuais com o poder da inteligência artificial e aprendizado de máquina.
Ou seja, o próximo passo natural dessa experiência seria não ter que usar as mãos ou precisar de outra pessoa para realizar tarefas como acessar emails e contatos, navegar por páginas, escrever textos e até mesmo curtir jogos. Os gadgets de realidade virtual também poderiam auxiliar nesse sentido.
Assistente digital Alexa já está em diversos dispositivos atualmente, assim como os concorrentes
As grandes companhias estão cientes de tudo isso, por isso há uma corrida no desenvolvimento de redes neurais e de software e hardware com auxiliares digitais como a Alexa, o Google Assistente, a Siri, a Cortana, o Bixby, entre outros.
A realidade aumentada incorporada ao cotidiano
Imagine você apontar seu celular para uma loja de roupas e trocar os modelos, tamanhos e cores de roupa de acordo com o seu biotipo, apenas deslizando o catálogo na tela do smartphone? Ou observar placas informativas de um aeroporto que mudam de acordo com uma programação para quem está observando com óculos como as Hololens ou os Google Glasses?
O conceito do fim dos smartphones em médio prazo combina a utilização de vários dispositivos vestíveis, como fones de ouvido, óculos e relógios
Essas são ideias que podem funcionar em médio prazo, pois muita coisa tem sido feita nessa direção. Já é possível interagir com imagens projetadas pela realidade aumentada — vide Pokémon GO e apps semelhantes —, e as empresas agora correm para popularizar gadgets que possam ser comercializados a preços tão populares e manuseados de formas simples quanto os celulares.
O conceito do fim dos smartphones aqui seria você usar dispositivos vestíveis — como lentes, óculos, fones de ouvido e relógios — combinados de modo que não seja necessário, por exemplo, retirá-los do bolso para serem acionados.
A Hololens já vem sendo projetada para interagir com várias atividades atualmente, especialmente para fins comerciais
Nesse contexto, os assistentes virtuais, assim como as inovações já citadas sobre inteligência artificial, seriam imprescindíveis para um novo mundo em que estaríamos bem próximos de ficar quase o dia todo com máquinas acopladas em nosso corpo.
E o futuro? Seria ainda mais maluco?
Bem, pode-se dizer que sim. Aos olhos de alguém que vive nesses dias, as décadas seguintes podem ser consideradas coisas de doido. Possivelmente ainda teremos que utilizar algum gadget para nos mantermos conectados, mas o fim dos smartphones aqui seria decretado por algo que parece ter saído da ficção científica: uma rede neural, como a Neuralink, nova empresa cofundada pelo bilionário inventor sul-africano Elon Musk.
No futuro o homem estaria constantemente conectado com as máquinas de forma que talvez parecessem um só
Nesse cenário, os humanos e as máquinas estariam conectados constantemente de forma que talvez se parecessem um só, e o espaço já não seria mais problema para você realizar, por exemplo, reuniões de trabalho. Aliás, nem mesmo precisaríamos sair do lugar para desempenhar boa parte das funções que realizamos em nossos empregos atualmente.
Com a evolução da inteligência artificial, nós, de carne e osso, teríamos que nos superar para estar no mesmo nível de comunicação com os antes inocentes assistentes virtuais, por isso Musk acredita que teríamos também que nos preparar para o próximo passo da humanidade. Obviamente que, ao mencionar isso, muita gente vai se lembrar da Skynet e de um possível conflito com robôs. Mas até com relação a esse tema já existem várias iniciativas para a construção de uma defesa contra uma possível “Rebelião das Máquinas”.
E você, o que acha?
Muita gente diz que com os smartphones já temos grandes poderes para acessar conhecimento, habilidades, sabedoria, entre outras coisas — e que eles ainda vão nos acompanhar por dezenas de anos. Mas e você, o que acha disso tudo? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe!
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