Se você acha que agências de segurança e investigação são capazes de ter acesso a absolutamente qualquer aparelho que quiserem, é melhor pensar novamente. Segundo Christopher Wray, ninguém menos do que o Diretor do FBI, o famoso órgão não conseguiu invadir um total de 7 mil dispositivos encriptados – o equivalente a metade dos aparelhos que eles tentaram invadir no espaço de 11 meses.
A afirmação, segundo o BBC News, foi feita em um discurso do diretor à Associação dos Chefes de Polícia no último domingo (22). Para Wray, a encriptação de dispositivos é um “grande, grande problema”, adicionando também que, para ele “há um equilíbrio que deve ser alcançado entre encriptação e a importância de nos dar as ferramentas que nós precisamos para manter o público seguro.”
Uma briga das antigas que deve continuar
Não é novidade, claro, que o FBI tenha dificuldades nessa tarefa. Como muitos devem lembrar bem, o começo de 2016 foi marcado por uma briga entre a agência e a Apple em uma tentativa do FBI de forçar a companhia a desbloquear um aparelho pertencente a um terrorista. O caso só acabou quando o órgão pagou US$ 900 mil por um software específico para invadir o dispositivo.
Em resposta a isso, o especialista em cibersegurança Prof. Alan Woodward diz que, embora a encriptação seja sim um problema para investigações criminais, manter back doors para o uso nessas situações seria inseguro e imprático. “Encriptação que frustra os investigadores forenses vai ser um fato da vida daqui para a frente para agências da lei”, afirmou.
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