Ame-a ou odeie-a, mas a Apple continua sendo uma força polarizadora no mercado de tecnologia. Uma prova recente disso é que a apresentação do badalado iPhone X deu um chacoalhão na indústria mobile (inclusive com o seu preço) e colocou em xeque algo que era tido como certo para o futuro da categoria: o sensor de digitais integrados no display. Sim, ao que parece as fabricantes de celulares Android estão pensando em desistir desse tipo de recurso para buscar soluções de biometria similares ao Face ID.
Essa informação, mais uma vez, vem de Ming-Chi Kuo, analista da KGI Securities – que, em fevereiro, já tinha sugerido que o novo iPhone comemorativo teria um conjunto de câmeras revolucionário. Segundo ele, diversas parceiras da Google andam deixando de lado seus planos anteriores para investir em pesquisa e desenvolvimento no campo de sensores 3D de leitura facial. Ao que parece, é a Qualcomm quem tem o sistema mais bem cotado para esse tipo de tarefa no momento – e é ele que está despertando a atenção das marcas.
Todos querem um pedacinho da tecnologia
O mais interessante de tudo isso é que, até há pouquíssimo tempo, todas as gigantes do setor estavam preocupadas com o tal leitor digital instalado embaixo da tela do celular. A Samsung e a própria Apple, por exemplo, estavam brigando para implementar a tecnologia nos seus flagships para 2017. Como já se sabe, ambas falharam. Porém, enquanto a sul-coreana recorreu ao sensor biométrico traseiro (e a um leitor de íris/sistema de reconhecimento facial não muito confiáveis), a Apple tentou mudar o jogo. A aposta, parece, deu certo.
Para Kuo, são diversos os fatores para esse hype. Em primeiro lugar, há a questão de segurança, já que, teoricamente, uma plataforma de análise facial é consideravelmente mais encorpada do que a mera leitura dos dedos. Além disso, a tecnologia pode ser usada para outras finalidades, desde autenticar compras e dar vida a emojis até viabilizar experiências em AR. Por fim, o público realmente parece disposto a desbloquear com um simples olhar em seu celular de mais de mil dólares – sem qualquer tipo de engasgo, esperamos.
Em tempo: o analista ainda acredita que a Samsung terá um leitor de digitais no display do seu (ainda distante) Galaxy Note 9. Será que isso é só para justificar o dinheiro colocado no projeto até então ou o recurso vai trabalhar em paralelo com um kit de funcionamento parecido com o Face ID? Vale ficar de olho.
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