Steve Wozniak sempre solta algumas frases polêmicas acerca da Apple, empresa que ajudou a fundar junto com Jobs, mas em um evento sobre inteligência artificial na China, Woz fez uma declaração meio que “morde e assopra”. Mesmo criticando os preços caros da Maçã, ele acredita que os produtos valem a pena.
“Os dispositivos da Apple são seguros, e os preços da Apple são altos ao extremo. É uma aposta segura para muita gente, e quando você ama a Apple, você está disposto a pagar por essas coisas”, comentou com jornalistas. Em resumo, o que ele quer dizer é que há um preço a se pagar pela qualidade oferecida pela empresa e que seus dispositivos são essencialmente para os fãs.
Continua valendo a pena?
Fica difícil defender um preço tão alto quanto esse
Essa declaração de Woz, entretanto, pode acabar sendo refeita em setembro, quando os próximos iPhones devem chegar ao mercado internacional. Analistas e vazadores de informações acreditam que o preço inicial dos produtos vai ser US$ 1 mil ou mais, um grande salto dos US$ 600-700 que a empresa tem cobrado atualmente. Mesmo que a marca entregue um celular com muitas funcionalidades e tecnologia inovadora, fica difícil defender um preço tão alto quanto esse, o qual pode ficar ainda maior dependendo das configurações avançadas.
Caso se confirme, isso deve prejudicar muito as vendas da Apple em países onde o preço dos aparelhos é um dos fatores mais importantes na hora da compra, como o Brasil e, especialmente, a China. O país asiático está acostumado a pagar muito pouco e receber muita qualidade e ferramentas em aparelhos Android. Por isso, o iPhone tem perdido espaço por lá.
As vendas de smartphones da Apple na China caíram 27% no primeiro trimestre de 2017 na comparação com o mesmo período do ano anterior por conta da escalada nos preços dos modelos mais recentes. Outro fator seria a concorrência da Samsung, que tem vendido muitos Galaxy S8 por lá, mas o que realmente pesa contra a Maçã é a presença de marcas locais de muito sucesso, tais como Huawei e Vivo, que dominam o market share da região.
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