Quando se leva em consideração o contexto atual, contar com um HD de 1 terabyte instalado no computador não é nada incomum. Porém, na década de 1980, pensar em um dispositivo pessoal com tanto espaço à sua disposição era algo simplesmente impossível, quase fruto de um devaneio gerado por uma mente enlouquecida.
Durante essa época, a maioria dos dados existentes no mundo era guardada em fitas magnéticas — embora os HDs existissem, sua capacidade média não passava de poucos MB. Para suprir essa deficiência, foi inventada a tecnologia Direct Acesses Storage Devices (DASD), que teve no IBM 3390 um de seus principais representantes.
Características impressionantes (para a época)
Operando de forma semelhante às unidades de armazenamento atuais, o dispositivo oferecia um espaço total de 22,7 GB, podendo transferir dados com uma velocidade de 4,3 MB/s. Embora o valor não pareça nada veloz para os padrões atuais, na época isso era 40% mais rápido do que o oferecido por qualquer concorrente.
(Fonte da imagem: Reprodução/ExtremeTech)
Entre as vantagens oferecidas pelos DASDs estava o fato de ele ser muito mais confiável que qualquer outro meio na hora de guardar dados, o que tornava o produto muito interessante para instituições bancárias. No entanto, toda essa qualidade tinha um custo elevado: durante seu período de maior sucesso, o IBM 3390 era vendido por preços que variavam entre US$ 90 e US$ 275 mil cada peça — sendo que no mínimo três dispositivos eram necessários para o sistema funcionar corretamente.
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