Embora componentes como memórias e baterias sejam os xodós dos pesquisadores na hora do desenvolvimento de projetos que têm o objetivo de aumentar o desempenho desses itens, os discos de armazenamento podem estar bem próximos de chegar a uma nova e bem interessante fase. Isso porque cientistas de Singapura descobriram que algumas mudanças em dois elementos comuns dos HDs podem fazer com que eles fiquem mais confiáveis e possam ter sua capacidade aumentada consideravelmente.
O estudo envolve alterar a forma como o processamento de sinais e o empilhamento de camadas magnéticas funciona nos discos rígidos tradicionais. Atualmente, os dados são gravados em trilhas minúsculas posicionadas em pratos magnéticos sobrepostos que giram em alta velocidade. Toda a operação de leitura e escrita é feita por uma espécie de cabeça que interage com essas faixas diminutas, como acontece quando um tocador antigo reproduz músicas em discos de vinil.
Camada adicional guarda as informações da função servo
A maior fraqueza desse tipo de processo é o fato de que, cada vez que a agulha lê ou escreve um dado, microcomponentes chamados de raios-servo enviam o leitor para o centro da trilha – evitando que ela se perca durante a atividade. O problema? Esses “ajudantes” ocupam espaço, aumentam a chance de erros e tornam o conjunto bastante frágil em relação a vibrações e choques. Assim, a ideia de Kheong Sann Chan e sua equipe na pesquisa feita dentro do Instituto A*STAR, em Singapura, foi criar uma camada extra para o hardware.
Esse layer adicional contém todas as informações necessárias para que ele faça o papel de servo sem que, para isso, tenha que agir diretamente sobre os discos magnéticos que guardam os dados. “Isso significa que a informação de posicionamento fica disponível o tempo todo, e não apenas quando a cabeça está sobre os raios-servo. O esquema também libera espaço na camada de dados para armazenar mais informações”, explica o professor Chan. Com isso, a agulha pode ler ou escrever os dados continuamente e de forma ainda mais precisa.
Será que a novidade é prática?
Embora esse tipo de aperfeiçoamento tecnológico possa ter chamado atenção das fabricantes de HDs, até agora nenhum dispositivo com a novidade foi lançado ou anunciado. Considerando que a documentação a respeito do estudo foi publicada em julho de 2015 e atualizada em setembro do mesmo ano, pode ser que as empresas do setor ainda estejam avaliando a eficácia ou a viabilidade da técnica – uma vez que mudanças no processo de fabricação podem afetar consideravelmente os custos de produção.
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