Tigelas foram produzidas com notas recolhidas pelo Banco da Inglaterra (Fonte da imagem: Dezeen)
Não sabe no que investir o seu dinheiro? Pois que tal conhecer essas louças ou, talvez, obras de arte produzidas pelos designers Arthur Analts e Rudolph Strelis? Pelas imagens é possível perceber que elas são feitas de um material bastante precioso e pouco comum na indústria de tigelas: notas de dinheiro trituradas.
Close das notas antes e depois de terem virado tigelas (Fonte da imagem: Dezeen)
As cédulas foram obtidas com o Banco da Inglaterra, depois de terem sido tiradas de circulação e destruídas. Com a matéria-prima em mãos, os designers só precisaram fazer a massa de papel machê e, depois, moldá-las e fixá-las com resina. Para as tigelas menores, foi gasto o equivalente a 1.000 libras esterlinas (cerca de R$ 3,2 mil). Já as louças maiores “custaram” 3 mil libras esterlinas (R$ 9,6 mil).
A base da tigela é cônica e possui simbolismo econômico (Fonte da imagem: Dezeen)
E não precisa ficar com nojo de colocar alimentos dentro dela: o interior é revestido de gelcoat branco, uma resina de poliéster e minerais usada para acabamento de alta qualidade. Além disso, as peças possuem a base cônica, o que significa que elas nunca se ajeitam completamente sobre uma superfície.
Conceito artístico
Por trás do produto, existe um conceito artístico (Fonte da imagem: Dezeen)
Mas não pense que essa é uma tigela qualquer, que pode ser simplesmente usada para esquentar o almoço no forno de micro-ondas. Há muito mais em uma louça do que supõe a nossa vã filosofia.
Analts explica que essas peças representam “a linha tênue que existe entre o valor e a inutilidade, o estável e o variável, o antigo e o contemporâneo. A estabilidade — um dos princípios básicos de qualquer tigela — foi removida. Quando as peças são giradas, elas podem rodar por até dois minutos, simbolizando a mudança e a rotação das taxas de juro”.
O projeto foi exibido na Semana de Design de Clerkenwell, em Londres, no mês passado.
Fonte: Dezeen