Aqui no Brasil era feriado, mas, lá fora, o mundo dos games estava bem movimentado. No início da semana, a Activision finalmente divulgou o primeiro trailer de Call of Duty: Black Ops 2, sequência do game de 2010 que, desta vez, mostrará uma Guerra Fria bem diferente. Agora, a batalha está nos portões da América quando todo o arsenal digital dos EUA cai nas mãos erradas.
Em nosso mais novo vídeo da série Destrinchamos, falamos um pouco sobre a trama e alguns dos personagens que estão de volta nesta sequência. Além disso, eu e o Wikerson Landim comentamos sobre a mudança de ares na franquia e sobre todas as novidades que poderão diferenciar este novo Call of Duty dos diversos outros games que mostram um futuro não tão distante.
A segunda grande franquia
A produção de uma sequência direta para Black Ops mostra que a Activision está apostando alto na marca, que tem potencial de se tornar mais uma subsérie de Call of Duty. A segunda parte também traz de volta personagens consagrados como Frank Woods e Alex Mason. O filho do protagonista do primeiro game é agora o personagem principal do segundo, em uma história que foi diretamente influenciada pelos atos dos grandes agentes do passado.
Por meio de flashbacks, descobriremos como missões que se passam nos anos 80 causaram diretamente os acontecimentos de 2025. Mais do que isso, veremos a evolução do vilão Raul Menendez e como se formou o ódio que o levou a organizar e executar os brutais ataques que vimos no trailer.
Um retorno ao passado também deve nos revelar como Frank Woods sobreviveu após ser, literalmente, explodido em Call of Duty: Black Ops. Todos acreditávamos que ele estava morto, mas pelo contrário, ele continua tendo participação ativa em grandes eventos mundiais.
Grandes avanços tecnológicos
Um dos principais temas de Call of Duty: Black Ops 2 é, sem dúvida, o avanço da tecnologia. Isso se dá não apenas na trama, mas também nas próprias técnicas empregadas em sua produção. Apesar dos gráficos não chegarem aos pés de grandes expoentes do mercado atual, como Battlefield 3 ou Crysis 2, o título da Treyarch aposta alto na tecnologia de captura de movimentos.
Para contar uma história de forma mais verossímil, atores reais foram convidados para atuar como os personagens do game. Os movimentos corporais e faciais são capturados pelo computador a partir de pequenos pontos luminosos, posicionados em lugares estratégicos do corpo dos profissionais. A animação tridimensional é, então, aplicada sobre os dados obtidos com a performance deles e gera resultados impressionantes.
O processo de captura de movimentos não se restringe apenas aos seres humanos. Os cavalos, que aparecem no trecho que retrata os anos 80, também tiveram seu comportamento digitalizado, conferindo um realismo total a uma das grandes cenas de ação do título, quando Alex Mason está no Afeganistão.
Toda essa evolução, porém, tem um pé na realidade. A equipe de desenvolvimento da Treyarch realizou uma intensa pesquisa para garantir que todo e qualquer elemento mostrado no game é plausível e pode existir de verdade daqui a pouco mais de uma década. Afinal de contas, esse futuro não está nada distante.
Homens necessários
Um dos grandes motes do trailer de anúncio de Call of Duty: Black Ops 2 é a necessidade de soldados corajosos, capazes de tomar decisões difíceis em pleno campo de batalha. Pela primeira vez na franquia, as escolhas do jogador importarão para o rumo da história e poderão significar a vida ou a morte de companheiros ou inimigos.
Não se sabe ainda se o game terá finais diferentes de acordo com o rumo seguido pelo jogador, mas já é fato que a trama sofrerá mudanças drásticas de acordo com as opções feitas. Um dos exemplos disso é o modo Strike Force, que pode ser considerado uma espécie de side-quest, mas com influências diretas na campanha principal.
Em determinados momentos da história central, será possível escolher entre missões separadas que acontecem ao redor do mundo. Com forte influência de jogos de estratégia, o modo permitirá que o jogador controle todos os soldados e robôs envolvidos no combate, dando ordens e posicionando cada um deles de forma independente ou coordenada.
Strike Force também abre um grande leque de abordagens diferentes. É possível, por exemplo, atacar de forma estratégica usando todos os recursos disponíveis ou utilizar um único soldado que, sozinho e aos moldes dos grandes brucutus dos anos 90, resolve o problema com as próprias mãos. O resultado do conflito tem impacto direto em acontecimentos do enredo principal.
Agora é sério
Apesar de sempre contar com um modo história interessante, Call of Duty reina de verdade é no multiplayer. Black Ops 2 não será uma exceção a essa regra e levará toda a ação futurista da campanha também aos combates competitivos online. Por enquanto, porém, a Activision revelou muito pouco sobre as novidades do modo.
Por outro lado, o que está bem firmado para a empresa é a importância de levar o título para a arena dos e-sports, a competição oficial de games que vale prêmios em dinheiro e é cobiçada por jogadores de todo o mundo. O primeiro Black Ops já fez parte do torneio e, agora, a intenção da Activision é repetir o feito com a sequência.
É uma via de duas mãos. A presença do título em uma competição oficial o validaria ainda mais como um dos principais FPS do mercado, enquanto a força da marca Call of Duty ajudaria a transformar os e-sports em uma grande atração, com apelo para milhões de pessoas ao redor de todo o mundo.
Em CoD: Black Ops 2, a Treyarch deixou de lado os modos Survival e Spec-Ops – que são uma tradição da série Modern Warfare –, mas trará de volta os clássicos zumbis. Agora, os mortos-vivos aparecerão em um novo mundo e com diversas modalidades inéditas de jogo, atendendo aos fãs do extra. Mais detalhes sobre os cenários, porém, não foram divulgados.
Desta vez, o modo Zombies será cooperativo e completamente construído em cima da engine usada para criar as partidas do modo multiplayer. Dessa forma, a sobrevivência contra as hordas de “desmortos” poderá ser compartilhada com fãs de todo o mundo e funcionará de forma coordenada com as partidas competitivas.
Uma coisa é regra para a Treyarch: todo o game precisa rodar a 60 quadros por segundo, mesmo em suas versões para console e nos modos multiplayer. Segundo a empresa, tal taxa de frames vai garantir uma experiência mais suave e evidenciar os belos visuais que estão sendo produzidos pela empresa. Se a promessa vai ser cumprida, porém, saberemos apenas no final do ano.
Call of Duty: Black Ops 2 chega em 13 de novembro de 2012 para PlayStation 3, Xbox 360 e PC.
Via BJ
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