Invasão dos gremlins: DARPA pretende criar 'enxame' de drones militares

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A Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa dos Estados Unidos, também conhecida como DARPA, é responsável por várias coisas bacanas. A internet, por exemplo, nasceu de um projeto saído de lá. Por outro lado, por ser um órgão militar, a agência também criou algumas coisas meio assustadoras, como é o caso do HAARP, ou “Programa de Investigação de Aurora Ativa de Alta Frequência”, tido por muitas pessoas como um suposto projeto de manipulação do clima do mundo.

É na linha das criações não muito amigáveis que a DARPA agora trabalha em um novo programa. Chamado de "Gremlins", o projeto consiste basicamente na criação de um enxame de pequenos drones reutilizáveis que podem ser pulverizados em regiões onde operações militares não seriam autorizadas, com o intuito de coletar informações e atrapalhar os radares inimigos, podendo ser adaptados para atividades um pouco mais destrutivas.

"Gremlins": pequenos drones reutilizáveis são a alternativa da DARPA para reduzir custos e aumentar a eficiência das operações militares do Exército dos EUA

A ideia por traz do programa Gremlins é justamente a possibilidade de usar pequeninos drones reutilizáveis e de baixo custo – algo bem diferente da plataforma atual de equipamentos bem maiores e mais caros, como o Predator. Os pequenos equipamentos poderão se comunicar entre si e transmitir dados para os operadores a distância.

Os seres imaginários da guerra

O nome do programa veio dos seres mágicos imaginários do folclore europeu e que eram frequentemente citados como fonte de boa sorte para os pilotos de caças britânicos durante a Segunda Guerra Mundial.

Quatro empresas estão desenvolvendo o projeto atualmente, e as primeiras unidades devem ser entregues dentro de um ano, para que apenas uma parceria se consolide, o que deve acontecer em em 2020. O custo dos novos drones gira em torno de US$ 700 mil – algo em torno de R$ 2,5 milhões – e entre as exigências da DARPA para o programa, os equipamentos devem conseguir voar por três horas e ser reutilizados até 20 vezes.

A forma como eles serão "coletados" depois da conclusão das missões é uma das responsabilidades das empresas envolvidas. A princípio, nenhuma nova tecnologia será empregada no desenvolvimento dos drones: até mesmo o avião que vai soltá-los por aí será um que já está em uso.

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