Como a tecnologia pode ajudar o trânsito

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São Paulo é uma metrópole que está sempre nas manchetes quando o assunto é trânsito ou a falta dele, quando a cidade registra centenas de quilômetros de congestionamento. Em 2008, foram cadastrados mais de 6 milhões de veículos no DETRAN/SP entre automóveis, ônibus, caminhões, utilitários, motos, motonetas e outros.

Neste artigo, você vai ver com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) monitora — ou tenta monitorar — ruas e avenidas para que as consequências de tantos carros sejam mínimas possíveis, especialmente em dias de chuva.

A CET

A Companhia de Engenharia de Tráfego foi criada em 1976 pelo então prefeito de São Paulo Olavo Egídio Setúbal. A empresa, vinculada à prefeitura, é responsável pelo gerenciamento, operação e fiscalização de todo o sistema viário da capital. Naquela época, para calcular o índice de lentidão na cidade, eram usados agentes, canetas e um mapa.

O trânsito está cada vez mais complicado, mas a tecnologia pode ajudar.Os agentes espalhados por prédios informavam as ruas congestionadas para a central, onde funcionários usavam canetas verdes ou vermelhas e pintavam o mapa para indicar pontos lentos ou tranquilos. Tudo era medido com fita para fazer os cálculos de lentidão.

Mas os tempos mudaram, e a CET passou a utilizar a tecnologia nesse procedimento, porém sem abrir mão dos técnicos de trânsito. Eles trabalham em viaturas ou no alto de prédios estratégicos e transmitem informações sobre lentidão e ocorrências à Central de Operações, agora com celulares e computadores de mão.

Além dos agentes, a CET utiliza radares, câmeras e sensores para saber tudo o que se passa pelos 835 km de ruas que são monitorados.

Semáforos, sensores e radares

A cidade é dividida em cinco regiões: Centro, Leste, Norte, Oeste e Sul. Algumas vias fundamentais para a cidade podem fazer parte de mais de uma região, caso das marginais Tietê e Pinheiros, por exemplo. Cada região tem um CTA, o Controle de Tráfego de Área.

De acordo com o site da CET, a prefeitura de São Paulo está implantando o Programa de Modernização Semafórica SEMIN, popularmente conhecido como “semáforos inteligentes”. O volume de tráfego é calculado com detectores sob o asfalto das ruas. O controle informatizado de cada CTA reprograma o tempo de verde e vermelho dos semáforos conforme a necessidade.

Foto de um CTA. Imagem da CET.Além dos semáforos inteligentes, câmeras de circuito fechado de TV instaladas em pontos estratégicos enviam imagens ao CTA correspondente. As câmeras podem, em um futuro próximo, substituir os sensores no asfalto, uma vez que eles estão suscetíveis a danos. A contagem, nesse caso, seria feita com um software próprio da câmera.

Essas informações são a base necessária para a redução de congestionamentos, identificação imediata de pontos lentos, ajustes de semáforo e detecção imediata de acidentes, entre outros.

Ainda de acordo com o site da CET, cerca de 1000 cruzamentos e 100 câmeras estão interligados ao SEMIN. O objetivo é chegar a 1507 cruzamentos e 165 câmeras.

Os radares complementam a fiscalização do trânsito em São Paulo. São dois tipos: fixados em plataformas ou móveis sobre tripés. São cerca de 300 pontos fiscalizados, escolhidos com base no índice de acidentes.

As informações dos sistemas circulam através de cabos óticos que pertencem à cidade e são utilizados pela CET. Ao mesmo tempo, os cabos levam as imagens das câmeras e reprogramam os semáforos inteligentes.

Trânsito agora

Todas as informações desse sistema interligado ajudam os técnicos da CET e informam a população também. A seção Trânsito Agora, do site da CET, traz dados sobre lentidão, registrados a cada 30 minutos, durante os dias úteis da semana, das 7h às 20h.

O sistema também calcula a tendência do trânsito na cidade, utilizando tanto o último dado disponível e quanto o de 30 minutos antes para calcular a projeção. Ocorrências notáveis e vias que apresentam lentidão também são informadas com gráficos e mapas para o usuário.

Serviço Trânsito Agora, da CET.

E você, caro internauta? Não deixe de participar, comente. Quais são suas opiniões sobre a tecnologia a serviço de um trânsito melhor? Até um próximo artigo.

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