Estudantes do “Fraunhofer Institute for Applied Information Technology” (Instituto Fraunhofer de Tecnologia da Informação, em tradução livre), ou Fraunhofer FIT, apresentaram em uma competição chamada SIGGRAPH 2009, a Realidade Ampliada Subaquática, uma tecnologia capaz de criar um cenário diante dos olhos de um mergulhador usando uma máscara especial.
Realidade Ampliada? Como assim?
A Realidade Ampliada é, basicamente, uma tecnologia capaz de inserir uma pessoa dentro de um cenário virtual, no qual o usuário pode interagir com os objetos lá existentes e eles com o usuário. Por exemplo, é como se você fosse a um cinema assistir a um filme, podendo interagir com o cenário, ou mesmo, jogar jogos do Nintendo Wii, porém inserido dentro do cenário (alguém se lembra de “The Real Adventures of Jonny Quest”?).
Mas não confunda a Realidade Aumentada com a Realidade Ampliada. Na primeira, um objeto interage com o mundo real, enquanto na segunda é uma pessoa real que interage com um mundo virtual. Para se aprofundar mais nesses assuntos, leia os artigos “Como funciona a Realidade Aumentada” e “Realidade ampliada nos jogos do futuro” (assim como os outros indicados por eles, se quiser).
Coloque sua máscara e roupa de mergulho!
Como dito acima, o mergulhador verá o cenário virtual através de a máscara especial, porém também precisará de um UMPC (“Ultra-Mobile PC”, ou PC ultraportátil), o qual será levado em uma mochila. Tal máscara possui, acoplado em sua frente, um visor especial à prova d’água e uma câmera que identifica os azulejos da piscina e envia a informação para o UMPC.
Por sua vez, o UMPC realiza cálculos para saber a posição exata do mergulhador e exibir adequadamente os objetos 3D através do visor. Esses cálculos incluem a percepção de alterações em campos eletromagnéticos, mudanças de direção da gravidade e um rastreador que mede a aceleração angular de três eixos. Ou seja, se você ficar de ponta-cabeça, não verá o objeto virtual do mesmo jeito de antes.
Mas não se preocupe, não haverá o risco de você bater a cabeça na lateral da piscina por não vê-la, levar um choque, ou mesmo, estragar o aparato eletrônico por ele estar debaixo d’água. Isso porque o visor da máscara é à prova d’água (assim como o UMPC) e possibilita ao mergulhador enxergar o cenário real ao seu redor.
Qual a utilidade da Realidade Ampliada Subaquática?
Para demonstrar essa nova tecnologia na competição, o Fraunhofer FIT desenvolveu um jogo com gráficos simples (não parecem ser reais) no qual o jogador é um arqueólogo em busca de um tesouro. Para achá-lo, será necessário nadar por seis cenários diferentes e achar itens específicos, os quais se coletados na ordem correta mostram a senha para abrir o baú.
Segundo o Fraunhofer FIT, a Realidade Ampliada Subaquática poderá vir a ser um grande atrativo em parques aquáticos no futuro. Além disso, após algumas melhorias na tecnologia, ela poderá, talvez, ser usada para o treinamento de mergulhadores profissionais, ou mesmo em outros setores, como a manutenção de pontes e outras situações nas quais seria menos perigoso treinar usando a Realidade Ampliada.
Como você pode perceber, ao ver as imagens ilustrativas deste artigo, os gráficos da Realidade Ampliada Subaquática ainda não passam a impressão de realidade. Porém, isso provavelmente deve-se a algum fato como o de os pesquisadores não terem tido tempo o suficiente para desenvolver um gráfico mais complexo, sendo portanto, muito provável que em próximas demonstrações / aplicações eles estejam muito mais convincentes.
E você, usuário? Gostaria de entrar em uma piscina para jogar? Deixe sua opinião!
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