Um grupo de pesquisadores israelenses desenvolveu um algoritmo para decodificar o livro que é considerado por muitos como o mais importante da cultura ocidental: a Bíblia. Os estudiosos da Universidade Bar-Ilan utilizaram o software criado para analisar o Antigo Testamento.
De acordo com a ABC, o algoritmo compara conjuntos de sinônimos juntamente com palavras próximas a eles chamadas de “funcionais” – como as preposições. Posteriormente, o sistema verifica a distribuição das palavras mais comuns na Bíblia. Ao encontrar estruturas semelhantes nesses dois blocos de análise, o programa pode agrupar os trechos que possuem o mesmo estilo de construção.
Para testar o algoritmo, os estudiosos usaram os livros de Jeremias e Ezequiel. Eles misturaram tais partes aleatoriamente e o sistema conseguiu separá-los com quase 99% de exatidão – o que mostrou a validade do método.
Dessa forma, os cientistas observaram que o livro sagrado foi escrito com dois estilos diferentes, os quais se enquadram nos moldes sacerdotais e não sacerdotais explicitados em outras teorias. Todavia, Moshe Koppel, um dos responsáveis pelo desenvolvimento do algoritmo, salienta que o sistema não é capaz de dizer exatamente quantos autores elaboraram a Bíblia.
Apesar de não revelar um dos maiores enigmas em torno do livro sagrado, o método abre uma nova brecha para o debate sobre a autoria das diretrizes do catolicismo.
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