Os serviços de streaming de vídeo já estão consolidados no mercado de entretenimento, mas ainda perdem com folga para os canais convencionais quando o assunto é consumo em TVs nos Estados Unidos. Segundo uma pesquisa realizada pela Nielsen, plataformas como Netflix e Amazon Prime Video ocupam apenas 19% do tempo que a população do país passa na frente da televisão. Em grau de comparação, a média no Brasil era de 37% em 2019.
Durante o último trimestre do ano passado, os usuários de televisão dos Estados Unidos gastaram um quinto do tempo vendo TV em serviços de streaming. Mesmo que o número ainda seja baixo, a porcentagem representa um largo crescimento em comparação aos anos anteriores. No primeiro trimestre de 2018, a parcela era de apenas 10% no país.
Entre as fontes de conteúdo via streaming, a Netflix liderou a pesquisa ao abocanhar 31% da visualização, enquanto o YouTube ganhou o segundo lugar com 21% de uso. Já plataforma Hulu ocupa 12% do tempo dos donos de TV dos Estados Unidos que consomem vídeo sob demanda, enquanto a Amazon fica em quarto com uma fatia de 8%. Disney+ e Apple TV+, lançados no ano passado, acabaram ficando dentro da categoria "Outros", que possui uma porcentagem de 28%.
Canais de TV em queda
É importante ressaltar que a pesquisa realizada pela Nielsen só engloba televisões. Plataformas como a Netflix também podem ser acessadas em celulares e computadores, o que garante um leque maior de possibilidades para os usuários. O foco do estudo é montar um panorama de quais são os hábitos de consumo de TV nos Estados Unidos.
De acordo com a Nielsen, a média de tempo que os estadunidenses passam assistindo canais de TV convencionais caiu 7% no terceiro trimestre de 2019, contabilizando 3 horas e 56 minutos por dia. Por outro lado, o período de consumo de conteúdos conectados aumentou em 17% durante a mesma janela, indo para 55 minutos diariamente.
A Nielsen também realizou uma pesquisa com estadunidenses entre 18 e 34 anos e descobriu que cerca de 90% dos adultos do país utilizam alguma plataforma de streaming de vídeo. Além disso, 30% dos consumidores mantém três ou mais assinaturas ativas. Nesse cenário, a tendência é que não demore muito tempo para os vídeos sob demanda ganharem mais espaço contra os canais de TV convencionais.
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