A Disney nega ter responsabilidade direta nas milhares de contas hackeadas em seu serviço de streaming. Um porta-voz da companhia afirmou à Variety que isso estaria relacionado a ações de cybercrime, e não necessariamente ao sistema de segurança da plataforma. “Bilhões de nomes de usuários e senhas, que vazaram a partir de outras empresas, estão sendo vendidos na web, anteriormente ao lançamento do Disney +,” argumentou o representante.
Como apontamos aqui no TecMundo, a situação gerou várias reclamações de assinantes, que foram bloqueados após tentarem fazer login no Disney + durante o período de seu lançamento. Além disso, uma investigação do site ZDNet encontrou uma série de anúncios pagos e gratuitos de acesso à plataforma em diversos fóruns de hackers.
Por sua vez, o porta-voz da empresa reforçou à Variety que não foram localizadas evidências de violação. “Auditamos continuamente nossos sistemas de segurança e, quando encontramos uma tentativa de login suspeito, bloqueamos proativamente a conta de usuário associada e orientamos a criação de uma nova senha”, completou.
Falhas e reclamações
Inicialmente, a chegada do Disney + foi marcada por falhas técnicas, que impediam o acesso a seus conteúdos. Na última terça-feira (19), Kevin Mayer — presidente do direito de consumidor da empresa — explicou que isso era uma falha na maneira com que o app foi arquitetado.
Depois, o vazamento de dados de assinantes também veio à tona. Com isso, a companhia enfrenta um alto volume de reclamações nas redes sociais e em seus canais de atendimento. Essas pendências continuam sendo motivo de insatisfação dos afetados, que dizem ainda aguardar o retorno — supostamente demorado — do suporte ao cliente.
Apps de streaming são alvo de crime
Outros serviços de streaming também são alvos comuns desses crimes. Estima-se, por exemplo, que a Netflix tenha mais de 80 mil dados de login vendidos ilegalmente na web. O lançamento de séries e outros conteúdos exclusivos tornam esse tipo de oferta ainda mais atrativa para quem não deseja pagar o valor total cobrado nos pacotes de assinatura.
Nesse caso, os hackers roubam dados de endereço de email e senha por meio de malwares; depois usam e compartilham essa combinação de informações para acessar outras plataformas. Por essa razão, recomenda-se a criação de diferentes senhas para cada tipo de serviço utilizado na internet.
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