Autoridades suecas anunciaram nesta terça-feira (19) o arquivamento da acusação de estupro contra Julian Assange. O processo corria no país há 9 anos e tinha sido suspenso em 2017, mas foi retomado em maio e agora encerrado definitivamente, apesar de ainda caber recurso da decisão.
De acordo com a vice-procuradora-chefe sueca, Eva-Marie Persson, a decisão foi tomada após uma reavaliação das provas levar à conclusão de que a memória das testemunhas tinha enfraquecido após quase 1 década do suposto estupro ter acontecido, mesmo com as evidências sendo consideradas críveis.
O caso que levou a essa denúncia teria ocorrido em 2010, quando o fundador do WikiLeaks foi acusado de assediar sexualmente duas mulheres durante uma visita à Suécia. Para evitar a sua extradição, ele pediu asilo à embaixada do Equador em Londres, em 2012, onde permaneceu até abril deste ano. O ativista australiano sempre negou as acusações.
A prisão de Assange aconteceu em abril após o governo equatoriano solicitar ao Serviço Metropolitano de Polícia a remoção do jornalista da capital inglesa. Posteriormente, ele foi condenado por um tribunal britânico a 50 semanas de detenção por ter violado sua condicional.
Acusações do governo americano contra Assange
Se ficou livre das acusações na Suécia, Assange provavelmente terá que encarar novos processos em breve, mas nos Estados Unidos. O governo norte-americano quer julgá-lo por pelo menos 18 acusações criminais, incluindo conspiração para invadir computadores oficiais e violar uma lei de espionagem.
Uma audiência de extradição de Assange para os EUA está marcada para fevereiro de 2020, ou seja, o fim do processo de estupro acabou evitando um dilema para a justiça inglesa, que poderia ter que lidar com dois possíveis pedidos de extradição quase simultâneos.
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