Na tentativa de reforçar seu catálogo frente aos concorrentes que estão para estrear, a Netflix lançará no mercado US$ 2 bilhões em títulos de dívidas com o objetivo de conseguir verba para financiar produções originais. A medida foi divulgada pela companhia em nota à imprensa nesta segunda-feira (21).
É a segunda vez que a empresa utiliza essa estratégia em 2019. Em abril, ela negociou a mesma quantidade de títulos com esse objetivo, medida que também ocorreu no ano passado. O anúncio das emissões de dívidas fez com que as ações da Netflix caíssem ligeiramente, mas pouco depois voltassem a operar de maneira positiva, de acordo com a CNBC.
Conforme a própria plataforma de streaming, o dinheiro será utilizado para fins corporativos gerais, "que podem incluir aquisições, produção e desenvolvimento de conteúdo, dispêndios de capital, investimentos, capital de giro e aquisições em potencial e transações estratégicas".
Parece ter sido a forma encontrada pela Netflix de encarar o que vem pela frente, com os lançamentos de serviços como Apple TV+, Disney+, HBO Max e Peacock (NBC Universal), além de lidar com os atuais concorrentes Amazon Prime Video e Hulu e com desfalques importantes em seu catálogo, como a saída de Friends. Essa briga por assinantes promete.
As dívidas da Netflix
Levando cada vez mais a sério a ideia de gastar dinheiro para produzir mais dinheiro, o serviço de streaming somava mais de US$ 12 bilhões em dívidas em 2018, de acordo com o site Comic Book. E, com essas últimas movimentações, a tendência é de aumento.
Apesar dos números exorbitantes e de um cenário que se apresenta assustador, a empresa já havia informado aos acionistas, no início do ano, que há uma previsão de começar a diminuir a dívida a partir de 2020.
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