Filmes espaciais têm, por natureza, uma característica mais intimista. A imensidão do cosmos, que muitas vezes acentua os dramas vividos pelos personagens, já apresenta, em si mesma, ingredientes suficientes para criar histórias interessantes.
No caso de Ad Astra, novo longa-metragem de James Gray, com lançamento mundial marcado para 26 de setembro, esse cenário parece ter sido aproveitado da forma correta, sobretudo pela performance de Brad Pitt como protagonista. Pelo menos é isso que a crítica especializada tem dito sobre o filme.
De acordo com James Mottram, da Total Film, a obra é sublime e estupenda; para ele, a história do engenheiro espacial com leve grau de autismo que parte para o espaço para descobrir o que aconteceu com seu pai, que sumiu a caminho de Netuno, é executada com perfeição graças ao roteiro, a aspectos técnicos e à forma como Pitt dá vida ao personagem. O ator também é bastante elogiado por Candice Frederick, do The Wrap, que afirma que ele consegue se equilibrar com maestria em uma tênue linha entre a precisão e o medo; para ela, isso torna o filme uma experiência única.
Outra avaliação que dá méritos máximos para a obra é de Xan Brooks, do The Guardian. Sua crítica aponta como a história se molda de forma flexível e firme, trazendo elementos de grande reflexão existencial em uma impressionante obra. Alguns ares comparativos com outros clássicos da ficção científica também aparecem nas análises, de filmes como 2001: Uma Odisseia no Espaço e Mad Max. Nesse ponto, há uma pequena divergência entre os críticos, que por um lado se incomodam com o uso de alguns clichês do gênero, mas por outro se mostram bastante satisfeitos com o resultado.
Elogios até em cenários negativos
Apesar de todo o impacto promissor que Ad Astra vem causando na crítica especializada, nem todos têm uma opinião 100% positiva a respeito da obra. Para John Bleasdale, do Cinevue, o ritmo do filme é denso demais, o que pode torná-lo mais difícil de ser assistido. Entretanto, o crítico também confirma que o longa tem méritos e é conduzido com bons níveis de brilhantismo. Owen Gleiberman, da Variety, tem uma opinião parecida, e sua principal queixa é a obra ser convencional demais.
De forma geral, a produção da 20th Century Fox tem recebido boas avaliações, mesmo em panoramas menos positivos. A obra, que conta com nomes como Tommy Lee Jones e Liv Tyler, parece ter acertado tanto em sua premissa quanto na forma de conduzir a história. Uma das maiores provas desse fato é a taxa de 86% de aprovação no Rotten Tomatoes, estimada em meio a 28 avaliações. Diante dessas credenciais, o novo trabalho de Gray parecer dar um renovado e bem-vindo empurrão para o gênero da ficção científica.
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