Alan Moore é daqueles criadores tão importantes para o entretenimento que fica difícil você destacar sua obra mais importante. Watchmen, Monstro do Pântano, John Constantine, V de Vingança, Do Inferno, Batman: A Piada Mortal, Marvelman/Miracleman e vários livros fizeram do polêmico bruxo um dos mais proeminentes artistas da cultura pop. E hoje (18) ele dá seu adeus à Nona Arte.
Bem, para resumir um pouco a razão pela qual Moore vai se aposentar dos quadrinhos, vale lembrar que ele fez começou a carreira e passou boa parte dos anos 80 e 90 fazendo sucesso com um gênero que detesta: os super-heróis. Todas suas publicações na Marvel Comics, na DC Comics ou na 2000 AD e Warrior, eram, de certa, forma, desconstrução ou crítica sobre os seres poderosos com colantes coloridos.
Monstro do Pântano e John Constantine. Fonte: Vertigo/DC Comics/Reprodução
Temperamental e muito detalhista, Moore nunca concordou em revisitar suas histórias, seja em projetos com outros roteiristas e desenhistas ou em diferentes mídias — ele se recusou, por exemplo, de ser associado à Watchmen e até mesmo rejeitou os royalties do filme de Zack Snyder.
A aposentadoria com a Liga Extraordinária
Depois que passou um tempo com a Marvel, a DC e a Image, também se dedicou à literatura (inclusive alguns livros de ocultismo) e seus dois maiores projetos nos últimos 20 anos foram Providence, uma homenagem à H.P. Lovecraft; e à Liga Extraordinária, ao lado de Kevin O'Neill.
Aliás, é exatamente com o volume 4 dessa última, chamado de “A Tempestade”, é que ele se despede dos quadrinhos. Ele mesmo já havia dito no ano passado que o dia do lançamento dessa história marcaria sua aposentadoria. E eis que ela acaba de chegar às prateleiras nos Estados Unidos. Uma pena, pois seus encantos e maldições vão fazer muita falta.
Fonte: Top Shelf/Knockabout/Reprodução
Para quem não viu, vale a espiada no documentário The Mindscape of Alan Moore, em material que mostra a história de sua juventude e como ele se tornou o maior bruxo moderno do entretenimento. Não se sabe o que Moore vai fazer da vida agora ou se um dia retornará às HQs — certo é que estaremos acompanhando, mesmo de mais longe.
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