A Apple já apresentou sua nova incursão no universo de streaming de conteúdo, o Apple TV+, que em breve chega aos dispositivos para competir com a Netflix. Muito tem se especulado sobre a abordagem do serviço, que poderia ser uma central para outras plataformas — como a HBO Go e o Hulu, por exemplo — e estaria focado em produção premium para toda a família.
Agora, Eddy Cue, vice-presidente sênior de software e serviços de internet da Maçã, deu mais detalhes a respeito, em entrevista ao The Times. Em primeiro lugar, ele disse que a ideia não sair por aí criando todo tipo de filme ou série original, só para ter catálogo — em uma clara alusão à concorrência.
Em vez disso, a ideia é criar “o melhor” conteúdo. “O lema deles (Netflix) é criar muito conteúdo, então sempre há algo para você assistir — e isso está funcionando muito bem. Não há nada de errado com esse modelo, mas não é o nosso.”
Oferta do Apple+ ainda parece bastante limitada
No ano passado, quando os rumores do Apple TV+ começavam a se espalhar com mais intensidade, muitas das produções que estavam em andamento pareciam desenhar uma plataforma com visão alternativa e até mesmo ousada em relação ao mercado. Mas, assim que Tim Cook viu conteúdo que tocava em assuntos delicados — como sexo, violência, drogas e intolerância racial —, o direcionamento teria mudado radicalmente.
“Vital Signs”, cinebiografia do rapper Dr. Dre, foi engavetada, assim como várias outras. Isso talvez tenha sido a maior razão pelo atraso do anúncio do serviço de streaming. Por enquanto, os carros-chefe são os programas de Oprah Winfrey, de Steven Spielberg e de J.J. Abrams — mas todos ainda sem uma prévia próxima de estreia.
Cue aposta bastante em “The Morning Show”, que “lida com questões reais de um ambiente de trabalho”. A atração com Reese Witherspoon e Jennifer Aniston seria uma das grandes atrações que a Apple planeja ter pelo menos uma vez ao mês.
Fonte: Entertaiment Tonight Online
A ideia de ter uma programação mais autoral, de maior investimento e mais escassa, até soa interessante e poderia ter uma posição interessante no mercado atual. Mas colocar-se em um patamar de competição com a variedade de títulos e lançamentos da Netflix e do vindouro Disney+ talvez seja uma manobra arriscada. O jeito é pagar para ver.
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