Quando o streaming DC Universe estreou lá fora em agosto de 2018, tinha tudo para ser uma das mais promissoras plataformas de nicho: séries originais, catálogo de adaptações de super-heróis da Warner Bros., mais de 1 mil quadrinhos digitais, entre outras coisas, tudo a US$ 8 (R$ 31). A coisa toda parecia estar indo bem, mesmo sem presença no mercado internacional, mas nesta semana tudo desandou.
Há a possibilidade do DC Universe integrar um canal maior da WarnerMedia
Já no mês passado as incertezas começaram a rondar a plataforma, quando a produção da série “Monstro Pântano” anunciou que diminuiria o número de episódios, de 13 para 10. A coisa pegou mal e após uma bem recebida estreia na semana passada, a própria Warner comunicou que a atração não teria um segundo ano.
Aliado a isso, já corre na boca pequena em corredores da indústria que a WarnerMedia — dona do DC Universe e do Boomerang, CrunchyRoll, HBO Go, entre outros serviços — estaria planejando um portal maior para abrigar todo o conteúdo em um só guarda-chuva, de forma parecida com o Disney+.
Fonte: DC Universe
Agora, o Deadline diz saber de fontes próximas que o DC Universe está em fase de “reavaliação” neste momento e que há muitas dúvidas “sobre como ele se encaixa nos planos” de um Warner+ ou algo assim.
Monstro do Pântano e DC Universe sofrem de problemas executivos
Há dois pontos fundamentais nessa atual crise do serviço de streaming. O primeiro vem na sua raiz. Mesmo 10 meses após o seu lançamento, o DC Universe não tem versões para outros mercados fora dos Estados Unidos e nem mesmo planos para isso. Até mesmo suas atrações, que começaram a ser distribuídas via Netflix, estão restritas à plataforma — e isso diminui muito sua receita e apelo.
Erro de cálculo sobre isenções fiscais custou caro à produção de “Monstro do Pântano” na Carolina do Norte
O segundo trata-se de um problema contratual envolvendo a Warner Bros. e o Departamento de Comércio da Carolina do Norte, onde foram realizadas as filmagens de “Monstro do Pântano”. Como de praxe em várias produções, o governo local prometeu restituição fiscal no valor de US$ 40 milhões.
Essa primeira temporada teve custos no valor de US$ 80 milhões e tal foi a surpresa da Warner ao descobrir que um erro de cálculo — a administração estadual culpa a empresa e vice-versa — garantiria “apenas” US$ 14 milhões. A gigante se viu obrigada a arcar com o restante das despesas e não garantiu um segundo ano porque nem mesmo teria como manter o nível da produção com um orçamento muito inferior.
Fonte: DC Universe
Assim, aqui estamos: somente com “Titãs” confirmado com uma segunda temporada, sem previsão de distribuição das outras séries e com o futuro do DC Universe — e da WarnerMedia — indefinido.
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