Anunciada na última quinta-feira (16), a parceria que prevê que a Sony vai usar a estrutura do Azure, da Microsoft, para seus esforços de jogos por streaming e jogatina na nuvem pegou muita gente de surpresa — incluído funcionários da companhia. Segundo uma reportagem da Bloomberg, o acordo foi negociado sem o conhecimento de boa parte do time responsável pela divisão PlayStation.
A reportagem afirma que as negociações entre a Sony e a Microsoft começaram no final de 2018 e foram lideradas pelo gerenciamento sênior da empresa, baseado em Tóquio. “Os funcionários da divisão de game foram pegados de surpresa pela notícia. Gerentes tiveram que acalmar trabalhadores e garantir que os planos para o console de nova geração da companhia não foram afetados”, afirmam os repórteres Yuji Nakamura e Dina Bass.
Colaborando contra uma ameaça em comum
A parceria com a Microsoft foi anunciada em um momento no qual o PlayStation já possui uma infraestrutura de rede própria, que foi considerada insuficiente pelo comando da Sony. Temerosa do crescimento de nomes como a Google, a companhia decidiu que o melhor a fazer era colaborar com sua antiga rival nos games.
“A Sony se sente ameaçada por essa tendência e pela poderosa Google e decidiu deixar a construção de sua infraestrutura de rede para a Microsoft”, afirmou o estrategista Amir Anvarzadeh, da Asymmetric Advisors. “Por que eles dormiriam com o inimigo a não ser que eles se sintam ameaçados?”.
“A Sony se sente ameaçada por essa tendência e pela poderosa Google"
Com a decisão anunciada pelo CEO Kenichiro Yoshida, as ações da Sony aumentaram seu valor em 9,9% na última sexta-feira (17), um recorde para os últimos 18 meses. A companhia também anunciou uma recompra recorde de suas ações no mercado e foi elogiada por investidores que veem nela uma “nova companhia” capaz de se adaptar mais rapidamente a mudanças de mercado.
Acordo entre Microsoft e Sony pegou o time de PlayStation de surpresa via Voxel
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