Uma das mais conhecidas redes de livrarias do Brasil, a Livraria Cultura abriu pedido de recuperação a fim de evitar falência. A companhia foi fundada por Eva Herz, em 1947, e com mais de 70 anos de atuação chega ao fim de 2018 acumulando dívidas bancárias na casa dos R$ 70 milhões, aponta o Estadão.
Se o pedido de recuperação feito à Justiça for aceito, a Cultura terá um prazo extra de seis meses para negociar todas os débitos. Além da dificuldade em quitar as pendências com bancos, a empresa estaria atrasando os pagamentos às editoras em mais de seis meses, outra situação que escancara os seus problemas financeiros.
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Cultura tem dívidas de R$ 70 milhões com bancos e pagamentos a editoras chegam a atrasar em mais de seis meses. (Fonte: Livraria Cultura)
As razões para o atual panorama da empresa são a situação econômica do Brasil e em especial do mercado editorial, que teria diminuído 40% desde 2014, alega companhia em comunicado desta quarta-feira (24).
Nem mesmo os R$ 130 milhões recebidos para assumir as operações da francesa Fnac em todo o Brasil puderam aliviar a situação da Cultura. Uma parte desse valor foi usada para pagar algumas dívidas e outra foi investido na aquisição da Estante Virtual, maior marketplace de livros usados do país. Pouco mais de um ano após a compra da Fnac Brasil, a Cultura encerrou as atividades de todas as unidades da rede francesa em território nacional.
Caso obtenha a anuência da Justiça para prolongar o prazo para negociar as dívidas, a Cultura afirma que as pendências com fornecedores devem ser normalizadas “em um curto espaço de tempo”.
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