O Parque Barigui, cartão-postal de Curitiba, foi palco do maior evento de cultura pop do Sul do Brasil no último final de semana. A segunda edição do Geek City reuniu mais de 30 mil pessoas em três dias de atrações, que tiveram como carro-chefe o ator mexicano Carlos Villagrán, mais conhecido como o Quico, do Chaves.
Não focamos só em uma coisa ou outra, fazemos essa mistura de todos os gêneros
“Ano passado foi o primeiro e a gente resolveu trazer um convidado de grande porte, que foi a Millie Bobby Brown (a Eleven de ‘Stranger Things’), além de diversos outros convidados, como os Power Rangers e os nomes nacionais. Já neste ano, procuramos por uma linha diferente, trouxemos o Carlos Villagrán, que traz uma legião de fãs porque, queira ou não, Chaves é um personagem que 90% das pessoas sabem quem é”, explicou Bruno Neves, diretor da Seven Entretenimento e idealizador do Geek City.
O evento contou com outras presenças, a exemplo do pessoal do Choque de Cultura e do Porta dos Fundos, além da galera do Castelo Rá Tim Bum — que também estrelou diversos programas da TV Cultura. Os games estiveram presentes em peso, com uma arena de competições e estações de PlayStation e XBox, e as startups lideraram o viés tecnológico da programação.
A galera do Castelo Rá Tim Bum
“O ano passado a gente também tinha startup e neste ano a gente deu um pouco mais de ênfase para isso. A gente acredita que o Geek City é um grande encontro, uma grande convenção, de cultura pop. Não focamos só em uma coisa ou outra, fazemos essa mistura de todos os gêneros. Temos desde os estandes de lojas e marcas, as startups, o palco com a arena de games e o Main Stage com os mais diversos conteúdos.”
Galeria dos artistas foi a grande novidade de 2018
Os quadrinhos e o cinema também marcaram presença, com a presença do pessoal do primeiro longa-metragem de um anti-herói brasileiro, o Doutrinador — não percam amanhã (04) uma matéria especial sobre isso, com um bate-papo exclusivo que tivemos com os criadores do personagem e do filme —, e do próximo filme da franquia Predador.
Edição do próximo ano já está confirmada e deve acontecer na mesma época do ano, entre o final de agosto e começo de setembro
A novidades deste ano foram as exposições, workshops e bancas com artistas de quadrinhos. “O que temos realmente de novo neste ano é a galeria de artistas. No ano passado, fomos muito ‘cobrados’ porque os quadrinhos são o berço da cultura pop. E por que não prestigiar isso, já que somos um evento de cultura pop? Então abrimos para os quadrinistas e ilustradores essa vitrine aqui dentro do evento também. Trouxemos artistas como o Carlos Ruas e a exposição do Marcelo Di Chiara, que é um dos grandes nomes da DC Comics, e estamos aprimorando todos os outros conteúdos”, celebra Bruno Neves.
Para o próximo ano, a conversa já está adiantada, e ainda não se sabe exatamente se o Parque Barigui continuará sendo o reduto nerd do evento, pois ele está ficando cada vez maior. E será que o grande convidado também vem de alguma série de TV? “Nossos dois primeiros anos foram mais voltados para o segmento de TV, que é mais abrangente e reúne maior número de fãs, mas nada impede que também apostemos em uma vértice de games, por exemplo”, adianta Neves, que por enquanto só pode confirmar as datas, nessa mesma época do ano, e a presença de mais marcas, inclusive algumas que estiveram ausente nesta temporada.
O Grupo NZN, que produz conteúdo para o TecMundo, Minha Série e Voxel, esteve presente em peso — confira nosso material exclusivo nos vídeos de cada site — e também aprovou o evento. “Para o TecMundo, a parte mais legal de estar presente num evento deste porte é estar em contato direto com o público e também com as mudanças no cenário geek neste final de década. Os painéis com figuras de grande importância no mercado nacional também ganham muito destaque", elogiou o editor-chefe do TecMundo, Renan Hamann.
Fala geek! O público diz o que achou do evento
Ao longo do sábado e domingo percorremos os corredores e espaços dos expositores para saber mais sobre a parte mais importante do evento: o público. Em geral, a galera gostou da programação e sentiu falta de mais atrações internacionais. A unanimidade foi como a diversidade de propostas conseguiu reunir um público tão diferente e igualmente interessado em todas as mídias. Confira algumas opiniões:
Letícia Marinho (cosplayer Mary Jane) e Lucas Woitech (cosplayer Deadpool)
Letícia: Gostei porque aqui tem bastante diversidade, um pouquinho de cada coisa: anime, quadrinhos, games. Achei bem divertido.
Lucas: Vim no ano passado, ela é a primeira. Ontem (01/09) o que mais gostei de ver foi o Guilherme Briggs e hoje quero ver o desfile de cosplay. Acho que poderia ter mais atrações internacionais — uma só é muito pouco
Leonardo Erick Naumann (fã de League of Legends)
O que mais gostei foi ver os jogos, os quadrinhos. Gostei bastante dos cosplayers e queria ver também o pessoal no League of Legends.
Daniel Saks (editor da Cultura & Quadrinhos, expositor na Galeria dos Artistas)
O evento é promissor. Esse ano está legal, mais movimentado que no ano passado. O pessoal está meio receoso ainda de fazer compras grandes. O que acho mais legal é que o público é bem diverso e vem para as mais diversas mídias. Então, como não é focado em uma coisa só, o pessoal de outras mídias também vem conhecer o nosso trabalho.
Guilherme Bento (CMO e cofundador do Pli.Pag Gestão de Mensalidades, expositor no setor de Startups)
O Pli.Pag ajuda empresas que precisam cobrar os mesmos clientes todos os meses, simplificando esse processo, dimuindo custos e aumentando o faturamento. Para a gente está sendo muito importante estarmos por aqui, porque falamos bastante com potenciais clientes, vários curiosos e também parceiros de negócios.
Está sendo uma oportunidade bem interessante, porque tem um público bem diferente, interessado em conhecer o produto. Para a gente é muito para conhecer também outras pessoas e negócios. Gostei bastante do painel de tecnologia e quero ver o pessoal do Choque de Cultura. O que mais gostei foi ver gente muito diferente compartilhando o mesmo espaço — todo mundo se curtindo com respeito e aberto a conhecer o que o outro tem a oferecer.
Shanda Cavich (cosplayer Arlequina)
Essa é a primeira vez que venho, tenho bastante amigos fazendo cosplay também, então estou aproveitando bastante. Faz uns dois anos que faço cosplay, mas nunca competi, faço por diversão. Como sou modelo fitness, junto os dois estilos. O que gostei é que o público é bem diversificado, não é mais só nerd e jovem, tem pessoas de várias áreas e diferentes idades. Tem bastante gente do metal e do rock, como também sou achei muito legal.
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