Matt Salsamendi estava ali, bem de boa jogando seus games e exibindo suas aventuras digitais, quando decidiu criar uma plataforma de streaming dedicada para isso: o Beam. Aos 18 anos, recebeu uma daquelas propostas imperdíveis: em 2016, a Microsoft estava de olho em um serviço que pudesse competir com o Twitch e viu no prodígio uma boa oportunidade. Desde então, o rapaz e seu sócio, James Boehm, vêm mudando o ambiente de jogatinas com uma proposta bem mais alto-astral que os concorrentes.
Voltemos um pouco até 2016. Quando a Microsoft adquiriu o Beam, ela sabia que precisava investir em infraestrutura para bater de frente com a Amazon, que adotou o Twitch em 2014. E foi o que ela fez. Mudou o nome para Mixer, investiu em um bom fluxo de transmissão e apostou em uma interface que pudesse funcionar bem de forma integrada com o Xbox One e o Windows 10.
Salamendi largou o colégio em 2017 e, em vez de sair gritando que seu produto seria o melhor, preferiu admitir que é como um monte de gente. “(A Amazon e a Microsoft) não precisam ser rivais. Há muito espaço para todo mundo.”
Tudo começou no Minecraft
Quando tinha apenas 13 anos, Salsamendi trabalhou com a Mojang em recursos interativos em um servidor de Minecraft, que pode ser chamado de precursor do Beam. Em vez de apenas competitividade online, ele se baseou mais em brincadeiras colaborativas, que hoje se traduzem na possibilidade de os espectadores enfiarem bichos e recursos durante a jogatina — e até mesmo mudar o dia para noite.
Como seria construir uma plataforma de streaming onde todos os usuários tivessem voz?
Essa ideia vem sendo levada para o Mixer, a partir da ferramenta HyperZone, que encontra de forma rápida e automática as partidas de battle royale de Fortnite e PlayerUnknown’s Battlegrounds. Assim que a sessão acaba, um canal já está pronto para outra batalha. “É como encontros-relâmpago para streamers”, define.
Como a gigante de Redmond oferece uma plataforma com menos de 1 segundo de atraso, Salsamendi aproveitou essa agilidade para ocupar os participantes com o que interessa: a participação produtiva. Exemplo disso é o vindouro Darwin Project, para PC e Xbox One, que usa o mesmo sistema battle royale, mas permite que qualquer um que esteja assistindo a um jogo em andamento via Mixer vote para fechar áreas do campo de combate, por exemplo.
Para Salamendi, o Twitch crescer não é um problema. Seu foco é fazer com que todos os usuários possam se sentir úteis e ativos na comunidade. Sua grande questão é o que faz da iniciativa um sucesso: “Como seria construir uma plataforma de streaming onde todos os usuários tivessem voz?”.
E você, qual serviço de streaming costuma usar? Concorda que o Mixer é menos tóxico que os concorrentes? Deixe seus comentários e críticas!
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