Em 2017 o fã de fantasia e ficção científica teve bons motivos para celebrar a safra da temporada, com filmes como "Blade Runner 2049", "Guardiões da Galáxia Vol. 2", "Kong: A Ilha da Caveira", “Planeta dos Macacos: A Guerra” e “Star Wars: Os Últimos Jedi”, todos indicados ao Oscar de Efeitos Visuais. E qual criatura será que leva a melhor? Rachel, Groot e Rocket, Kong, Snoke ou Caesar?
O CNet apontou alguns bons motivos que explicam porque é que a disputa está acirrada.
“Blade Runner 2049” (John Nelson, Gerd Nefzer, Paul Lambert e Richard R. Hoover)
A sequência do cult de Ridley Scott, agora pelas mãos do ótimo Denis Villeneuve, também foi indicado por Mixagem de Som, Edição de Som, Fotografia, Direção de Arte. O filme, ainda que não tenha o impacto do original, manteve-se fiel à ambientação cyberpunk graças à companhias de efeitos visuais como Framestore, Double Negative e MPC.
O longa conta que sequências muito boas, como a que um humano e um holograma se sobrepõem e se fundem, e, a mais impressionante, a que a personagem Rachel foi recriada digitalmente da mesma forma em que a atriz Sean Young no filme original, em 1982.
Quais são as chances? Bem, a produção já ganhou o prêmio de Efeitos Visuais do Bafta e conta com criaturas digitais incríveis e um ambiente bastante imersivo em um mundo completamente construído a partir das ideias originais de Scott. É um dos favoritos da lista.
“Guardiões da Galáxia Vol. 2” (Christopher Townsend, Guy Williams, Jonathan Fawkner e Dan Sudick)
Os Guardiões da Galáxia preencheram no Marvel Studios um espaço que deveria ser do Quarteto Fantástico, Surfista Prateado, Galactus e outras entidades de primeira grandeza na Marvel Comics. Um dos méritos do diretor James Gunn é levar um universo de fantasia todo colorido e cheio cacarecos inventivos e bichos estranhos e adoráveis. O longa ainda conta com uma batalha épica entre dois deuses que mudam de forma.
Quais são as chances? A organização Visual Effects Society já reconheceu o valor da obra, especialmente por conta da divertida batalha que abre o filme, com o Baby Groot dançando em meio ao tiroteio. O problema é que nenhum dos filmes do Marvel Studios indicados para essa mesma categoria venceu até agora e se a Academia vai deixar de lado o jeitão despretensioso da produção.
“Kong: Skull Island” (Stephen Rosenbaum, Jeff White, Scott Benza e Mike Meinardus)
Tudo bem que a história não é das melhores e a trama seja bastante previsível, ainda assim, as batalhas assumidamente clichês são um deleite visual para quem gosta de pancadaria entre monstros. Kong continua sendo o rei da selva e a ação aqui se destaca também pela maneira inventiva que a fotografia posiciona os helicópteros na tela. Muitos acham que o gorila digital gigante até mesmo ofuscou a atuação de Tom Hiddleston.
Quais são as chances? Kong pode ser imenso e estar imortalizado na história do cinema e da cultura pop, mas bater em criaturas pré-históricas e destruir veículos não se compara à alma e personalidade de seus primos do Planeta dos Macacos.
“Star Wars: Os Últimos Jedi” (Ben Morris, Mike Mulholland, Neal Scanlan e Chris Corbould)
Pois é, nem todos os fãs curtiram o mais diferentão Star Wars de toda a franquia, mas uma coisa que todo mundo precisa admitir é que Rian Johnson realmente ofereceu um visual incrível, com direito a uma sequência silenciosa impressionante, um majestoso planeta-cassino e a sequência final com branco e vermelho em alto contraste. Cortesia da famosa Industrial Light and Magic (ILM), fundada por nada menos que George Lucas, justamente para a primeira parte da saga.
Quais são as chances? O histórico de indicações é muito bom e cada episódio concorreu à estatueta nessa mesma categoria quando na época de seus respectivos lançamentos. Porém… nenhum deles ganhou, ainda que os profissionais da trilogia original tenham sido reconhecidos com com prêmios especiais. Será que Snoke e os porgs são suficientes para mudar essa sina?
“Planeta dos Macacos: A Guerra” (Joe Letteri, Daniel Barrett, Dan Lemmon e Joel Whis)
O que mais impressiona em Caesar e seus companheiros são as estupendas expressões faciais e corporais, aliadas à atuação dramática capturada nas performances de Andy Serkis (o Gollum), Steve Zahn e outros. Somado à isso estão os mínimos detalhes da pele, do cabelo e outros elementos interagindo com o ambiente e as mudanças climáticas durante a trama. Palmas para a Weta.
Quais são as chances? Para muitos este é o grande favorito, pois a própria Visual Effects Society já celebrou os filmes anteriores dessa fase mais recente com quatro prêmios, elegendo Caesar como a mais impressionante figura animada em um live-action. Além disso, a Academia pode dar a estatueta para os símios como uma forma de reconhecer os feitos de toda a trilogia.
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